Pedro Henrique Corrêa

Pedro Henrique Correa 2

O assassinato de Marielle e Anderson é parte da barbárie que se espalha no Rio de Janeiro

Os desdobramentos recentes sobre o assassinato de Marielle e Anderson reforçam que não existe crime organizado sem a atuação ativa de agentes do Estado. Por vezes, a participação envolve instituições inteiras, como apontado pela Polícia Federal com relação à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e seu ex-chefe Rivaldo Barbosa, que coordenou e ao mesmo tempo obstruiu as investigações em troca de propina. Junto com a crise econômica e o atraso na organização da classe trabalhadora como força política independente, a situação se desenvolve para um desfecho trágico.

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A violência urbana no Rio de Janeiro

Conflitos armados entre grupos de “tráfico” e “milícia” na Zona Oeste do Rio Janeiro inundam com sangue as emergências dos hospitais cariocas. Chacinas recorrentes em bairros proletários são realizadas por tropas policiais que tem como missão “entrar na favela e deixar corpos no chão”. Agressões, roubos e furtos ao comércio e a pedestres na Zona Sul não param de crescer e encontram como reação a formação de grupos de “justiceiros”.

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Vidas de turistas ricos importam mais? O caso do submarino Titan e a migração ilegal via Mediterrâneo

Era uma vez um submarino turístico chamado “Titan”, que desapareceu após submergir em direção ao náufrago do Titanic. Iniciou-se então uma ampla cobertura midiática, como em um reality show ao vivo. Durante alguns dias, a humanidade testemunhou os esforços conjuntos entre diferentes nações para encontrar os cinco tripulantes milionários. Foi aí que muitos começaram a questionar por que os jornais dedicaram tanto espaço a alguns turistas de luxo desaparecidos, mas praticamente ignoraram um barco superlotado de 700 migrantes que naufragou no Mar Mediterrâneo alguns dias antes. Se a tragédia é maior, ela não mereceria mais atenção?

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O novo teto de gastos de Haddad tenta salvar o teto de gastos de Temer

Durante o governo Michel Temer (MDB) foi aprovada uma emenda constitucional que definiu um teto para os gastos das instituições do Estado. Resumidamente, o Estado se financia não só com impostos, mas também emitindo títulos do tesouro – os “títulos da dívida pública”. A maioria deles estão nas mãos de bancos e ricaços, que lucram com os juros. O objetivo da lei é estabelecer certos limites ao endividamento estatal. E de onde o governo “corta” para cumprir o teto? De onde é possível de acordo com o sistema capitalista, isto é, de serviços públicos, como saúde e educação.

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A decadência da esquerda que protesta para opinar sobre a taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom), órgão responsável por definir a taxa básica de juros no país, a chamada taxa “Selic”, reuniu-se quando ela estava fixada em 13,75% no dia 22 de março. O curioso sobre esse encontro foi que, no dia anterior, centrais sindicais e movimentos populares realizaram atos em todo o país para pressionar o Copom a reduzir a Selic. O resultado não foi nem de longe suficiente para causar qualquer pressão. A tentativa de levar a classe trabalhadora às ruas para opinar nos negócios da burguesia, ou seja, em negócios que envolvem a remuneração do capital e a exploração do trabalho, resultou em atos com algumas dezenas de pessoas, marcados pela presença da burocracia sindical e praticamente sem juventude.

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Ofensiva do STF contra o bolsonarismo abre precedentes para atacar esquerda

Após as manifestações golpistas de bolsonaristas no dia 8 de janeiro, parte da esquerda suspirou aliviada quando Alexandre de Moraes atendeu ao requerimento da Advocacia Geral da União (AGU) para proibir protestos em todo o país. A medida tem duração indeterminada. No total, o Superior Tribunal Federal (STF) abriu sete …

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COP-27: Lula desagrada “mercado”, mas mantém submissão à ONU

Em meio a um contexto global de crise econômica e degradação climática, Lula foi convidado, como presidente eleito, para discursar na Conferência Sobre As Mudanças Climáticas das Nações Unidas (“COP-27”). Mais que isso: disse que era uma alegria participar do evento “patrocinado pela ONU”, uma instituição que, para ele, “todos …

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Mensalidades nas universidades públicas avançam privatização da educação

Embora tenha saído da pauta no Congresso Nacional, o debate sobre uma PEC que permite a cobrança de mensalidades em universidades públicas evidenciou que os capitalistas da educação estão agindo e que o governo Bolsonaro patrocina essa agenda. Um argumento favorável que há bastante tempo é utilizado pela direita é …

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A federação com a Rede ilustra o movimento de estatização do PSOL

No dia 30 de março de 2022, a Executiva Nacional do PSOL aprovou, sem realizar qualquer debate com as suas bases, a formação de uma federação partidária com a Rede Sustentabilidade. Em resolução, está dito que “A federação surgiu como um instrumento para que partidos ideológicos possam buscar ultrapassar conjuntamente …

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A compreensão messiânica do papel dos trabalhadores na guerra na Ucrânia

O presente artigo tem como objetivo polemizar com o principal posicionamento da LIT-QI (que tem como sua seção brasileira o PSTU) sobre a guerra da Ucrânia. Após assumir posição política parecida para o conflito na Síria, quando foi reivindicado armas do imperialismo para grupos de “resistência”, a LIT-QI propagandeia agora …

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