É preciso coerência: Contra o aumento da passagem de ônibus no ABC!

O ano de 2013 começa como muitos outros, com ataques da burguesia e seus governos contra a classe trabalhadora e a juventude. Uma onda de aumento nas tarifas dos transportes públicos varre todo o país. Nem mesmo a recente renovação de prefeitos, causadas pelas eleições do ano passado, foram capazes de impedir a sanha dos tubarões do transporte “público”. A justificativa é sempre a mesma: a “inflação”, como se os desequilíbrios entre oferta e a demanda, típicos da economia capitalista, fossem culpa dos trabalhadores, ou como se os salários dos trabalhadores fossem automaticamente ajustados por causa do aumento da inflação.

O ano de 2013 começa como muitos outros, com ataques da burguesia e seus governos contra a classe trabalhadora e a juventude. Uma onda de aumento nas tarifas dos transportes públicos varre todo o país. Nem mesmo a recente renovação de prefeitos, causadas pelas eleições do ano passado, foram capazes de impedir a sanha dos tubarões do transporte “público”. A justificativa é sempre a mesma: a “inflação”, como se os desequilíbrios entre oferta e a demanda, típicos da economia capitalista, fossem culpa dos trabalhadores, ou como se os salários dos trabalhadores fossem automaticamente ajustados por causa do aumento da inflação.

Pela ótica empresarial os proprietários das empresas de transporte não podem ter seus lucros afetados. Embora imponham os aumentos das tarifas de ônibus, permanecem as mesmas as condições no transporte, com poucas linhas, carros muitas vezes sucateados e pouco ou nenhum aumento de salários e direitos para os trabalhadores rodoviários ( motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos,etc). Essa situação ocorre principalmente, porque os proprietários dessas empresas que controlam o transporte público estão entre os principais financiadores das campanhas eleitorais, inclusive daqueles que dizem representar os trabalhadores.

No “Grande ABC” no Estado de São Paulo, um dos principais centros industriais do país, isso não é diferente. Mesmo o PT ( Partido dos Trabalhadores) tendo vencido as eleições nas três maiores cidades( em São Bernardo com Luiz Marinho, em Santo André com Carlos Grana e Mauá com Donisete Braga) a onda de aumentos também varreu a região com aumento de mais de 13%. E se não bastasse esse ataque vindo dos governos do PT (partido construído pelos trabalhadores e pela juventude) os militantes do partido, da CUT e dos movimentos sociais a estes ligados, se colocam quase que totalmente imobilizados diante dessa contradição. Isso é tudo o que a burguesia quer!

Em 2011, quando a EMTU, empresa controlada pelo governo do Estado (comandado pelo PSDB há mais de 20 anos) ameaçou que iria cobrar a integração dos ônibus da empresa que vinham da capital com os ônibus municipais de Diadema, o PT, com seus parlamentares e militantes, e o próprio prefeito de Diadema na época, os movimentos sociais e a CUT se mobilizaram fortemente, e conseguiram reverter a decisão da EMTU e a cobrança não foi implantada. Porém, o mesmo não ocorre agora, caracterizando uma evidente incoerência. Aliás, na própria manifestação de 2011 em Diadema, um panfleto de autoria do PV circulava em meio à manifestação acusando o PT de incoerência, já que o governo do partido acabara de privatizar o transporte público na cidade.

O resultado disso: O PT perdeu, depois de praticamente 20 anos, as eleições para a prefeitura de Diadema, e não foi para o PSDB, tradicional adversário do partido no país, no estado e na cidade, mas para o PV, um partido que está longe de ser uma alternativa para os trabalhadores e na região controlado pelo ex-tucano Lauro Michels ( atual prefeito da cidade), fortemente adepto do chamado “choque de gestão” que não significa nada mais do que cortes sociais, arrocho salarial para os servidores, privatização de serviços públicos, e um número insipiente de obras públicas em ano eleitoral.  Prova cabal de que a burguesia não tem um e sim vários partidos e os usa como lhe convém. E os partidos da burguesia crescem justamente onde o PT vacila, como agora.

Apesar desse recuo das lideranças petista, isso não tem impedido as seguidas manifestações da população, especialmente da juventude contra o aumento abusivo da tarifa do transporte público no ABC. A última manifestação, ocorrida em Mauá no último dia 12 de janeiro, terminou em conflito com a polícia.

Provocados por uns poucos jovens, a Policia Militar e Guarda Civil Metropolitana partiram pra cima dos manifestantes com bombas, cassetetes e balas de borracha. A manifestação contra o aumento da tarifa teve toda sua legitimidade e apesar de algum exagero natural da juventude, a violência policial foi totalmente desmedida, desnecessária e covarde.

Uma nova manifestação pacifica está marcada para o próximo dia 18 de janeiro. Entendemos que somente a mobilização massiva dos trabalhadores e da juventude, poderá reverter esses aumentos.

A Esquerda Marxista, como na cidade de Caieiras e em outras cidades do Brasil, se coloca ao lado da juventude e dos trabalhadores nesses combates para cobrar coerência dos governos petistas cujos prefeitos ajudamos a eleger, pela ruptura das alianças do PT com os partidos que representam os interesses da burguesia, em defesa do transporte público, GRATUITO E DE QUALIDADE PARA TODOS!