28 de abril: Segunda-Feira vermelha em Bauru!

A manhã de segunda-feira, dia 28 de abril, foi agitada pelas demonstrações de força da classe trabalhadora. Duas importantes categorias amanheceram com suas atividades paralisadas: metalúrgicos e motoristas do transporte públicos cruzaram os braços!

A manhã de segunda-feira, dia 28 de abril, foi agitada pelas demonstrações de força da classe trabalhadora. Duas importantes categorias amanheceram com suas atividades paralisadas: metalúrgicos e motoristas do transporte públicos cruzaram os braços!

Devido a importância de ambos os movimentos, a população da cidade de Bauru enfrentou alguns momentos de dificuldade, pois sem os condutores do transporte coletivo, a maioria das linhas estavam sem carros e ao mesmo tempo os trabalhadores metalúrgicos fecharam uma importante via da cidade.

Condutores paralisam as atividades

Trabalhadores do transporte paralisaram parcialmente suas atividades das 5h às 10h de segunda-feira para participarem da Assembleia convocada pelo Sindicato da Categoria cujo objetivo dessa reunião era validar ou não o processo de desfiliação do motorista Valter Dutra do Sindicato. Poucos ônibus circularam e algumas linhas ficaram sem carros.

Dutra liderou um movimento de greve da categoria no ano de 2013 em Bauru, que durou uma semana e é acusado pela atual diretoria de ter subtraído dinheiro e documentos do sindicato durante uma ocupação dos trabalhadores realizada na sede do sindicato.

Por mais de 70 votos contrários à expulsão contra quase 50 favoráveis (sendo 20 votos da própria diretoria do Sindicato), o trabalhador Walter Dutra continua filiado.

Metalúrgicos contra demissões

Os metalúrgicos da AJAX (empresa de baterias) pararam suas atividades, juntamente com a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos (SindMetal), em razão da demissão de 250 trabalhadores da fábrica. Cerca de 1300 trabalhadores fizeram o piquete e o fechamento da Av. Joaquim Marques de Figueiredo, uma das mais importantes de acesso ao Distrito Industrial de Bauru, pois a empresa apresentou a absurda proposta de pagar os acertos rescisórios em 24 vezes.

Roque esteve na paralisação com os trabalhadores da AJAX, onde reencontrou antigos amigos de trabalho (o vereador trabalhou na empresa no final dos anos 1970, antes de ser ferroviário) e em sua fala na tribuna, durante a sessão da Câmara na tarde do dia 28, considerou a atitude dos patrões como “um calote trabalhista”.

À poucos dias do 1° de maio, dia do trabalhador, a classe operária mostra que está disposta à lutar e não pagar pela crise econômica do capitalismo criada pelos patrões. Roque propôs que a direção do sindicato dos metalúrgicos de Bauru organize a ocupação da AJAX sob controle dos trabalhadores à exemplo do que ocorreu na indústria química Flaskô de Sumaré/SP.

Para conhecer a história da Flaskô, clique aqui > Blog das Fábricas Ocupadas!