Um espaço para fortalecer a luta: Comitê Mulheres pelo Socialismo e pelo Fora Bolsonaro no Rio de Janeiro

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O Mulheres pelo Socialismo é um movimento político que surgiu em 2018, estando presente em vários estados do Brasil. O objetivo é reunir mulheres trabalhadoras e estudantes pela emancipação da mulher, lutando contra o sistema capitalista, que tem como um dos seus pilares de sustentação o machismo e o rebaixamento da posição da mulher perante a sociedade e a família.

Por meio de estudos dos clássicos da teoria marxista, tais como Marx, Engels, Trotsky, Kollontai e Rosa Luxemburgo, em correlação ao cenário político da atualidade, o movimento objetiva organizar mulheres para a luta histórica de sua emancipação. Dessa forma, o debate sobre as batalhas e as conquistas da mulher na contemporaneidade torna-se mais sólido e propício a transformações sociais vindouras.

Vale lembrar que o Mulheres pelo Socialismo não defende a divisão entre homens e mulheres, mas busca conscientizar estudantes e trabalhadores sobre a importância de se organizar politicamente para a luta de emancipação feminina e o fim da sociedade de classes, tendo como objetivo a implementação do socialismo.

Somente com o conhecimento da teoria marxista e a organização da classe trabalhadora é que se tornará possível a queda deste sistema, que oprime a mulher e divide as classes sociais entre opressores e oprimidos. Nesse sentido, constata-se a importância de lutarmos por uma outra sociedade, sem diferenças entre homens e mulheres, sem patrões ou generais e, por isso mesmo, defendemos a palavra de ordem “Fora Bolsonaro!”, pois enfrentamos mais um governo burguês, que ataca frontalmente as mulheres trabalhadoras.

O Mulheres pelo Socialismo no Rio de Janeiro já realizou atividades de formação, participou de atos em defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras, escreve textos sobre a reivindicação histórica das mulheres e, atualmente, tem como uma das suas frentes de intervenção o Comitê Mulheres pelo Socialismo e pelo Fora Bolsonaro, com encontros quinzenais virtuais, em que se discutem e constroem pautas de luta pelos direitos das mulheres. É um espaço de discussão e também de construção.

A seguir, um breve relato sobre a construção do Comitê:

Dia 30/abril – Início dos encontros virtuais. Inicialmente, seria uma live para debater sobre a situação da mulher na quarentena, e, nesse dia, surgiu a ideia do Comitê. Discutiu-se sobre as condições de vida da mulher em meio ao isolamento social: aumento das notificações de violência doméstica; mulheres com perda significativa ou total da sua renda; mulheres na linha de frente no cotidiano da pandemia (enfermeiras, técnicas e auxiliares de enfermagem, sendo as trabalhadoras predominantemente negras); excesso de tarefas domésticas; cuidado de filhos e de pessoas adoecidas; sobrecarga do auxílio nas atividades escolares de crianças e adolescentes;

Dia 14/maio – Discussão sobre as origens do machismo e como combatê-lo. Foi utilizado como base o livro A origem da família, da propriedade privada e do Estado (1884), de Friedrich Engels. A discussão mostrou a relação da divisão da sociedade em classes com a opressão da mulher, aprofundada no contexto do capitalismo;

Dia 28/maio – Discussão da Plataforma Política de Luta pela Emancipação da Mulher Trabalhadora. Foram feitas discussões pelas mulheres participantes sobre várias questões, como o direito ao corpo: direito ao aborto e à maternidade; a previdência social e a cruel reforma da previdência no governo Bolsonaro; igualdade de salário para homens e mulheres na mesma função; violência contra a mulher e a necessidade de desenvolvimento de políticas públicas para acolhimento e preservação da vida de mulheres vítimas de violência e seus filhos; sobrecarga da mulher com duplas e triplas jornadas de trabalho e a necessidade de creches, lavanderias e restaurantes públicos; a opressão sobre a sexualidade; racismo, dentre outras pautas de luta das mulheres pela defesa dos direitos já conquistados e pela sua ampliação;

Dia 11/junho – Debate sobre os filmes “Dois dias, uma noite” (2014) e “As Sufragistas” (2015). Após um breve relato de cada filme, iniciou-se abertura para falas. Foi um momento muito construtivo e franco, em que as participantes do Comitê relataram suas experiências e as opressões que vivenciam por serem mulheres nesta sociedade opressora e machista. Relataram também sobre a romantização da mulher “guerreira”, que se desdobra em várias atividades, como ser trabalhadora, mãe e esposa concomitantemente; a sobrecarga das tarefas domésticas e do cuidado de filhos e o impacto em sua participação social, política e de militância; dentre outras discussões;

Dia 18/junho – Será realizado um debate em que o Mulheres pelo Socialismo – RJ convida o Movimento Negro Socialista para organizar a luta contra o racismo e o machismo, situando no contexto da onda de protestos que ocorrem nos Estados Unidos, Brasil e mundo, bem como sobre a repressão que os jovens negros sofrem cotidianamente.

Pela construção de uma sociedade socialista, convidamos todas e todos a participarem do Comitê Mulheres pelo Socialismo e Pelo Fora Bolsonaro, pois a luta pela emancipação da mulher é a luta pela emancipação da humanidade.

“De mãos dadas com o homem da sua classe, a mulher proletária luta contra a sociedade capitalista” (Clara Zektin)

Junte-se a nós! Faça parte do Comitê!

Acesse o blogue Mulheres pelo Socialismo: https://www.marxismo.org.br/mulherespelosocialismo/

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