Foto: Alan Santos, PR

Um governante que ri da morte do povo nem sempre tem final feliz

O desprezo pelas vidas dos escravos, serviçais ou trabalhadores, por parte das classes dominantes em cada época, é um fator permanente. Às vezes ele fica confinado junto aos seus, às vezes é exposto com transparência sanguinária. Há ainda momentos em que se acham no direito de tripudiar, produzindo piadas públicas de nosso sofrimento, como o fez Bolsonaro na noite de 28 de abril. 

Questionado sobre a informação de que o Brasil alcançou novo pico de mortes pelo Coronavírus diz Bolsonaro: “E daí? Lamento, quer que eu faça o que? Sou Messias, mas não faço milagres.” Diz ele isso junto às risadas de seus assessores e apoiadores, em tom de relaxamento e desprezo pela situação. 

 

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São milhares de famílias proletárias que perderam seus entes queridos para a incapacidade do sistema capitalista em promover acesso à saúde pública gratuita e universal. Afinal, quem mais mata é o sistema, não o vírus. E frente a todo esse sofrimento, temos que lidar com um representante da burguesia fazendo piada frente ao nosso sofrimento. 

Bolsonaro é representante da burguesia brasileira e expressa seus anseios mais vorazes. É exatamente por isso que desdenha  da classe trabalhadora brasileira, a que mais sofre com a atual situação no país. É por isso que continua a favor do afrouxamento do isolamento social, como forma de garantir os lucros dos empresários em detrimento das vidas proletárias. Além disso, continuam as privatizações e retiradas de direitos. A agenda de Bolsonaro não paralisou por conta do isolamento e continua recheada de ataques contra nossa classe. 

A saída para lidar com essa crise já expusemos em nosso plano emergencial e é claro que Bolsonaro, enquanto representante da classe dominante, desenvolve ações em sentido diametralmente oposto. 

Bolsonaro continuará tripudiando e rindo, mas até quando? Como disse o poeta, seguimos “escrevendo numa conta, pra junto a gente cobrar”. As classes dominadas cobraram e continuando cobrando seus desdenhosos governantes das mais diferentes formas. Seja na Revoluções Francesa, Russa, Chinesa, Cubana, ou nas recentes insurreições no continente Africano etc., fato é, a conta um dia chega. E com Bolsonaro e sua classe não será diferente. 

Esse pronunciamento afrontoso só reforça nossos ânimos de luta pela derrubada desse governo e desse sistema. Somente poderemos cobrar, não só Bolsonaro, mas toda essa burguesia sanguinária, organizados. Por isso chamamos a todos a intensificarem a construção dos comitês de ação “Fora Bolsonaro” em todo o país pela derrubada desse governo e desse sistema, que só trazem dor e sofrimento à classe trabalhadora. Essa é a nossa luta, junte-se a nós!