Mais cinco jovens são executados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro

O assassinato brutal de cinco jovens no bairro de Costa Barros pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) evidencia uma verdade: a polícia é feita para reprimir e defender o Estado capitalista, de preferência se a repressão for sobre a população.

O assassinato brutal de cinco jovens no bairro de Costa Barros pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) evidencia uma verdade: a polícia é feita para reprimir e defender o Estado capitalista, de preferência se a repressão for sobre a população. A solução para tal problema para algumas pessoas passa por uma melhor capacitação dos policiais que deveriam ser preparados para saber distinguir reais agressores de ilusões sensoriais. Mas isso não resolveria o problema central, pelo contrário, encobriria toda uma estrutura podre. É preciso expor as contradições que nascem da própria necessidade de existir uma organização repressiva violenta e disposta a descumprir leis em nome dos interesses da classe dominante.

A resposta severa dada pela mídia e pelo comando da PMERJ, assim como as declarações do Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, funcionam como ópio aos telespectadores da grande mídia, que recentemente tem escrachado a atuação de policias que se comportam como bandos. A dureza destes senhores gestores e governantes é um teatro de muito mal gosto, só que nos bastidores que acontecem as maiores atrocidades. Não é de hoje que a barbárie policialesca é cometida, pelo contrário, há décadas os assassinatos e execuções, as alterações da cena do crime, as ocultações de cadáver, as torturas e o estado de exceção vêm sendo impostos nos territórios pobres e miseráveis. E isso não é apenas no Rio de Janeiro nem mesmo só no Brasil. Onde há pobreza, há crescente militarização.

Como resposta a tais ações exigimos que todos os policiais, comandantes, delegados e políticos envolvidos em assassinatos e fraudes sejam exonerados e presos, assim como devem ser abertos inquéritos para investigar suas ligações com milícias, bandos criminosos, tráfico de drogas e armas, entre outros crimes. Isso não quer dizer que sejamos coniventes com o tráfico de drogas. Os traficantes também devem ser presos e seus fornecedores nacionais e internacionais de drogas e armas também devem ser punidos. Doa a quem doer, do varejista até o banqueiro, a base que sustenta a criminalização deve ser rompida! Enquanto nossa juventude continuar sendo aniquilada nas favelas, nós não nos calaremos.

A Esquerda Marxista defende o fim da Polícia Militar. A segurança pública deve ser organizada pela própria população em órgãos de trabalhadores responsáveis por definir, propor e executar suas próprias tarefas na área da segurança. Chega de ilegalidades e chacinas perpetradas pelo Estado burguês em áreas onde vivem populações já esmagadas por diversas opressões da sociedade capitalista. A atual política de segurança de Estado é desastrosa, e só tem beneficiado as elites. Até quando a juventude e a classe trabalhadora pagarão o preço da existência do Estado burguês?