Governo Alckmin sofre derrota histórica, mas a luta está longe de acabar!

Os estudantes podem festejar. A virada cultural programada para algumas escolas ocupadas da capital paulista neste fim de semana deverá servir para comemorar. A demissão do Secretário de Educação Herman Voorwald e o pronunciamento do Governador Geraldo Alckmin dizendo que não haverá “reorganização” em 2016 é uma enorme derrota para o governo, imposta pelo maior movimento secundarista da história do Brasil, que ocupou mais de 220 escolas e ganhou forte apoio popular.

Os estudantes podem festejar. A virada cultural programada para algumas escolas ocupadas da capital paulista neste fim de semana deverá servir para comemorar.

A demissão do Secretário de Educação Herman Voorwald e o pronunciamento do Governador Geraldo Alckmin dizendo que não haverá “reorganização” em 2016 é uma enorme derrota para o governo, imposta pelo maior movimento secundarista da história do Brasil, que ocupou mais de 220 escolas e ganhou forte apoio popular.

Alckmin falou de “adiamento”. Disse que “2016 será o ano do aprofundamento das discussões”. E que será discutido “escola por escola”. Ou seja, está claro que não desistiu de fechar as escolas, mas foi obrigado a mudar de tática quando viu a queda de sua popularidade (pesquisa do DataFolha publicada hoje pela manhã) – apenas 28% aprovam seu governo.

Nenhuma confiança em Alckmin. O governo agora quer fechar as escolas de maneira mais fragmentada, para não enfrentar uma resistência tão unificada. O movimento não pode se fragmentar. O ataque a uma escola deve ser considerado um ataque a todas.

Numa guerra, quando um inimigo muito forte sofre uma derrota importante e recua, é sempre delicada a decisão de continuar atacando ou recuar para recompor as forças e reorganizar o combate. Depende do moral e condições físicas das nossas tropas, das condições do terreno, da correlação de forças na região, etc.

Se houver disposição dos estudantes de continuar as ocupações mesmo durante as festas de fim de ano e férias de verão, exigindo o cancelamento definitivo da “reorganização”, será excelente! Mas não podemos forçar o movimento a ir além de sua capacidade. Se o movimento começar a esvaziar é necessário reavaliar. Decidir desocupar com uma vitória parcial agora pode ser melhor do que nos vermos obrigados a desocupar depois por um esvaziamento do movimento.

Desocupar as escolas agora, com esta vitória parcial, também pode ser muito bom para retomar a luta num outro patamar no ano que vem. Mas nenhuma desocupação deve ser decidida sem que o governo publique oficialmente a suspensão por 1 ano e com a garantia de que nenhum estudante ou apoiador do movimento será punido ou criminalizado.

E para discutirmos uma real reorganização escolar no estado de SP, deveríamos começar por exigir a redução do número máximo de alunos por sala de aula. Não é possível ter uma educação de qualidade com salas tão lotadas. E isso implicará não no fechamento de escolas, mas na abertura de milhares de outras escolas e na contratação de milhares de professores.

Sabemos que não será o governo de Alckmin a aplicar uma verdadeira reforma da educação como esta. O atual governo é inimigo da educação pública e um capacho do capital. Nossa luta por uma verdadeira reforma da educação só será vitoriosa com a derrubada deste governo e deste sistema que ele representa. As táticas para alcançar isso serão múltiplas e diversas. Mas temos certeza que fizemos um bom ensaio nestas semanas com nossas ocupações de luta.

Agora é preciso avançar na unificação do movimento. As decisões de todo o movimento não podem ser tomadas apenas pelos representantes presentes no chamado “Comando das Escolas Ocupadas”. É necessário um espaço de decisão mais amplo que permita a participação de TODAS as escolas ocupadas! A divisão das ocupações só nos enfraquece. Paz entre nós e guerra contra Alckmin!

Todos ao ato no vão livre do MASP na próxima quarta, dia 9/12, às 17h.

• Paz entre nós e Guerra contra Alckmin!
• Nenhuma escola a menos!
• Nenhum ciclo ou turno fechado!
• Nenhum professor demitido!
• Nenhum estudante criminalizado!
‪#‎MaisAulasMenosJaulas‬