Esquerda Marxista: Solidariedade com João Pedro Stédile

A Esquerda Marxista manifesta toda sua solidariedade com o companheiro João Pedro Stédile da coordenação nacional do MST, após a agressão sofrida no aeroporto de Fortaleza (CE). É inaceitável que isso aconteça e os responsáveis não sejam punidos. 

A ação comandada pelo empresário do ramo imobiliário Paulo Angelim, militante do PSDB, transcorreu sob a vista complacente da PM que não interferiu. Ao contrário do que sabe fazer quando se trata de manifestação popular e de esquerda pacífica e política.

A Esquerda Marxista manifesta toda sua solidariedade com o companheiro João Pedro Stédile da coordenação nacional do MST, após a agressão sofrida no aeroporto de Fortaleza (CE). É inaceitável que isso aconteça e os responsáveis não sejam punidos. 

A ação comandada pelo empresário do ramo imobiliário Paulo Angelim, militante do PSDB, transcorreu sob a vista complacente da PM que não interferiu. Ao contrário do que sabe fazer quando se trata de manifestação popular e de esquerda pacífica e política.

Incentivados por um Congresso Nacional que se transformou numa máquina de ataque contra as liberdades democráticas e os direitos trabalhistas e sociais dos trabalhadores e da juventude e por um governo submisso ao capital nacional e internacional, incapaz até mesmo de se defender, setores reacionários da burguesia e da pequena burguesia mostram toda sua disposição antidemocrática atacando pessoalmente todos aqueles de quem discordam. 

São os desesperados da com o agravamento da crise econômica e sua manifestação em uma economia dependente como a brasileira que acirra a luta de classes num quadro de ataques cada vez mais ostensivos à classe trabalhadora e seus representantes.

Toda política de conciliação de classes, tanto serve para desmobilizar a classe trabalhadora, como para dar fôlego a estes setores sociais desmoralizados e corrompidos. Seu ódio contra os trabalhadores e suas lutas, contra os oprimidos e explorados que ousaram levantar a cabeça e lutar contra o sistema, é um ódio de classe e irreconciliável.

A Esquerda Marxista repudia este ataque e as ameaças que o companheiro vem sofrendo. Solidarizamo-nos a Stédile e todos aqueles que lutam. Contem com a Esquerda Marxista para a defesa da classe trabalhadora, seus militantes e suas organizações. 

Precisamos mais que nunca de uma Frente da Esquerda Unida, apoiada nos trabalhadores, suas organizações independentes e movimentos sociais, que enfrente nas ruas e locais de trabalho e estudo essa escória social, assim como os ataques do Congresso Nacional e do Governo Dilma a serviço do capital. 

É notável também que o ministro da Repressão, José Eduardo Cardozo mantenha sobre isso um silêncio absoluto e não tome nenhuma providência. Notamos que quando o governador Alckmin, em junho de 2013, atacou violentamente com sua PM a manifestação da juventude contra o aumento das passagens, no dia seguinte as 08:00hs da manhã esse mesmo ministro da justiça estava em coletiva nacional de imprensa oferendo toda a ajuda federal para repressão física dos manifestantes.

A Esquerda Marxista afirma que só os próprios trabalhadores e suas organizações são capazes de garantir a sua própria defesa contra os inimigos de classe e seu Estado. Reafirmamos nossa luta pela aprovação do PL-07951/2014, que concede anistia, anula e revoga condenações, ações penais e inquéritos policiais contra pessoas e lideranças dos movimentos sociais, sindicais e estudantis que participaram de greves, ocupações de fábricas, ocupações de terras, ocupações de escolas, manifestações e atividades públicas, revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN) e dá outras providências.

Toda solidariedade com o companheiro João Pedro Stédile!

Toda solidariedade com o MST!

Abaixo a repressão. Pela aprovação do PL-07951/2014!

Punição dos responsáveis!

Viva a luta pelas liberdades democráticas! Viva a luta pelo socialismo!

São Paulo, 25 de setembro de 2015

Esquerda Marxista/ Corrente Marxista Internacional

****************************************************

Nota do MST

A direção nacional do MST vem a público denunciar e repudiar o ato agressivo e constrangedor que o membro da coordenação nacional do MST, João Pedro Stédile, sofreu no aeroporto de Fortaleza na noite desta terça-feira (22).

Para o MST, este episódio não é um fato isolado, mas um reflexo do atual momento político pelo qual passa o país, em que se vê crescer a cada dia o ódio contra os movimentos populares, migrantes e a população negra e pobre, como os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro em que a juventude das favelas está sendo impedida, com risco de sofrer agressão, de ir às praias da zona sul da capital fluminense.

Estes atos de violência e ódio propagado intensamente nas redes sociais, e que reverbera cada vez mais nas ruas, é mais uma demonstração da violência dos setores da elite brasileira dispostos a promover uma onda de violência e ódio contra os setores populares.

Porém, num outro recente episódio de ódio contra Stédile, quando circulou nas redes sociais um cartaz em que oferecia uma recompensa por ele “vivo ou morto”, já alertávamos que a dimensão destes acontecimentos advém, sobretudo, de uma mídia partidarizada, manipuladora e que distorce e esconde informações, ao mesmo tempo em que promove o ódio e o preconceito contra os que pensam diferente.

São estes meios de comunicação a serviço de uma direita raivosa e fascista os responsáveis por formarem estas mentalidades criminosas e odiosas que alimentam as ruas e as redes sociais com os valores mais antissociais e desumanos que possam existir.

Entretanto, estas atitudes não serão capazes de nos tirar da luta por Reforma Agrária e pelos direitos sociais historicamente negados ao povo brasileiro. Não aceitaremos que nenhum militante dos movimentos populares sofra qualquer tipo de agressão ou insulto por defender e lutar por justiça social. Nos comprometemos a permanecer em luta nas ruas pela defesa da democracia, dos direitos civis, da classe trabalhadora e o respeito aos valores humanitários.

“Ousar lutar, ousar vencer! ”

Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!

 

Direção Nacional do MST – São Paulo, 23 de setembro de 2015