PROFESSORES EM GREVE: nas ruas pelas reivindicações e pela Educação pública, gratuita e de qualidade!

 

Na última assembleia do dia 15.03, em frente à Catedral da Praça da Sé a categoria dos professores estaduais representados pela APEOESP, decidiram pela GREVE no dia 19/04. Neste dia ocorrerá uma nova assembleia marcada para as 14h00 no vão de entrada do MASP. A partir desse local será realizada uma caminhada até a Praça da República onde está localizada a sede da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Na última assembleia do dia 15.03, em frente à Catedral da Praça da Sé a categoria dos professores estaduais representados pela APEOESP, decidiram pela GREVE no dia 19/04. Neste dia ocorrerá uma nova assembleia marcada para as 14h00 no vão de entrada do MASP. A partir desse local será realizada uma caminhada até a Praça da República onde está localizada a sede da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Nós professores da Corrente Sindical da Esquerda Marxista, entendemos que no passado foram organizadas várias greves, no entanto por intransigência do Governo este acabou por não atender as reivindicações. Existe uma crise mundial e esta se reflete no Brasil ainda de maneira branda. No entanto o imperialismo exige desde já medidas de contenção de gastos e cortes no Orçamento, fundamentalmente para pagar os juros das dívidas e financiar os bancos. O governo federal corta e o estadual também. A saúde e a educação estão sendo os primeiros a serem afetados. Decorre disso a acentuada precariedade e rebaixamento salarial em nossa categoria, onde os governos não só não pagam o piso nacional, como contratam precários (categoria O) e realizam parcerias público privadas, abrindo espaço para a privatização da educação.

Para enfrentar a crise e garantir os direitos, os professores devem lutar e exigir que aqueles partidos que dizem falar em nome da classe trabalhadora, abandonem o terreno de conciliação com a burguesia e passem de fato a lutar pela mudança radical, capaz de criar novas bases e condições onde todos possam viver em um mundo sem explorados e nem exploradores. A CUT deve voltar a assumir plenamente seu estatuto de origem e se reconciliar com o socialismo, romper com as Câmaras e Comissões Tripartites e com a busca de salvação do capitalismo.

Nossa greve, que hora se inicia deve ser uma greve democrática e com um Comando eleito desde a base. A greve deve se manter firme até que nossas reivindicações sejam atendidas pelo Governo Estadual, de nada adianta greves de 1ou 2 dias, de uma semana. Devemos estar preparados para ir com a greve até arrancarmos as reivindicações. Para isso há que ter Fundo de Greve e uma profunda conexão com outros sindicatos e com a população trabalhadora.

A unidade passa pela defesa das reivindicações da categoria “O”

Esse profissional da educação é o que mais sofre com as diferenças da função e direitos dos professores da rede estadual e, principalmente, com as condições de precarização do professor. Seu contrato de trabalho com o Estado vence todos os anos, assim ocorre um período de quarentena no qual o professor fica 200 dias letivos sem poder exercer sua função como contratado com o Estado.  Essa situação não só acaba com qualquer expectativa profissional, como deixa um número expressivo de alunos sem aula, pois já existe a carência de professores em diversas áreas de conhecimento.

Essas medidas tomadas pelo governador Alckmin e pelo secretário Herman estimulam diretamente a sociedade a não acreditar na escola pública. Essa proposital ineficiência abre precedentes para organizações privadas assumirem aos poucos o controle da educação na rede. Isso fica claro com as parcerias feitas com a instituição bancária Unibanco e agora também assumida pelo Itaú. Estas parcerias são as portas de entrada da privatização.

Não é de hoje que os sucessivos governos tucanos atacam a categoria de professores, e sabemos que seguidamente acumulamos derrotas históricas. As direções, as tendências políticas têm sua parcela de responsabilidade por não realizarem a unidade desde a base, dividindo a categoria em nome de projetos de grupos exatamente quando a unidade era mais que necessária. Nesse ano de 2013 já na primeira assembleia do ano, no dia 15.02, ficou claro novamente que as facções que compõem o nosso sindicato, mais uma vez, seguindo as orientações de suas respectivas seitas partidárias, abandonaram a política de frente única e adotaram estratégias de acordo com seus interesses. Não podemos deixar que isso ocorra novamente.

Nós, professores da Esquerda Marxista, chamamos a todos, os independentes e cutistas socialistas, os que se mantêm fiéis às origens da CUT, para juntos combatermos para que a direção da APEOESP garanta e organize a greve até o atendimento das reivindicações, encampando e assumindo inclusive a Greve da CNTE pela Aplicação do Piso Nacional do Magistério.

Unidade de todos os professores para garantir as reivindicações e impô-las ao GOVERNO TUCANO DE GERALDO ALCKMIN.

ESTAMOS EM GREVE POR:

→ Reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste refe­rente a 2012;

→ Pelo cumprimento da lei do piso: no mínimo 33% da jornada de tra­balho para atividades de formação e

     preparação de aulas;

→ Dignidade na contratação, condições de trabalho e atendimento no IAMSPE para os professores da categoria O;

→ Fim da remoção ex-officio e da de­signação de professores das Escolas de Tempo Integral;

→ Regime de dedicação exclusiva para todos, por opção de cada professor (a);

→ Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção às doenças profissionais;

→ Fim da lei das faltas médicas;

→ Fim dos descontos de faltas e licen­ças médicas para efeito de aposen­tadoria especial;

→ Fim das provinhas e avaliações excludentes;

→ Por um plano de carreira que atenda às necessidades do magistério;

→ Não à privatização do Hospital do Servidor Público;

 

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