Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina e o Judiciário promovem ataques ditatoriais contra o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público (SINTESPE)

Um escandaloso ataque está sendo realizado pela Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina (PGE) e o Judiciário contra o Sintespe, um sindicato histórico em SC, fundador da CUT e com larga tradição de lutas representando o conjunto dos servidores públicos estaduais. É um ataque para destruir o sindicato.

Um escandaloso ataque está sendo realizado pela Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina (PGE) e o Judiciário contra o Sintespe, um sindicato histórico em SC, fundador da CUT e com larga tradição de lutas representando o conjunto dos servidores públicos estaduais. É um ataque para destruir o sindicato. É um ataque em regra às liberdades democráticas mais elementares. Eis as medidas adotadas em conjunto pela PGE e o judiciário:

1.    Declaração de ilegalidade da greve dos agentes penitenciários do estado,

2.    Multa de R$100 mil por dia,

3.    Bloqueio da conta bancária do sindicato,

4.    Retenção do repasse de cerca de R$1,5 milhão de imposto sindical,

5.    Suspenção do repasse de R$150 mil das mensalidades descontadas em folha.

E a PGE declarou que vai pedir:

1.    A destituição da diretoria do sindicato e se a greve não for interrompida,

2.    Prisão dos líderes grevistas,

3.    Acusação de tortura e maus tratos contra os presos (que por causa da greve não podem receber visitas ou tomar banho de sol). É um procurador muito sensível ao sofrimento dos presos!

O canalha procurador Martins Neto disse que neste caso o crime é inafiançável e pode dar até 12 anos de prisão.

O mesmo procurador ainda declarou que: “Se acontecer alguma morte em decorrência da greve, os grevistas poderão ser acusados de coautores pelo crime de homicídio”.

É absolutamente necessário uma reação imediata de todo o movimento sindical. A Esquerda Marxista apresentou a questão na reunião da Diretoria da CUT e propôs a ida imediata de uma delegação da Executiva Nacional da CUT a SC para prestar solidariedade ao sindicato e encontrar-se com o governador Colombo (PSD, ex-PFL) e com o judiciário para fazê-los recusar.

Os companheiros da Corrente Sindical Esquerda Marxista já expressaram sua solidariedade e estão propondo que a CUT SC chame imediatamente uma reunião ampla de defesa do Sintespe. Se isso não ocorrer, então o próprio Sintespe contará com o apoio de outros sindicatos para organizar esta reunião e preparar a defesa. O único caminho é a mobilização. Se o governo não recua é preciso preparar a greve geral de todos os servidores do Estado e a Greve Geral de todos os sindicatos de Santa Catarina, com apoio da CUT Nacional.

Da crescente criminalização aos movimentos sociais agora se chega a um ataque para destruir um sindicato combativo e histórico que representa dezenas de milhares de trabalhadores. É inaceitável para o movimento dos trabalhadores ser tratado como em plena ditadura militar que interviu nos sindicatos, destituiu diretorias eleitas e prendeu dirigentes. Criminosos são os que, hoje, decidiram transformar o país num imenso presídio governado por juízes, procuradores e burocratas. E que vergonhosamente contam com o apoio de governantes eleitos pelo povo trabalhador.

O governo federal, Dilma e seu ministro da Justiça, não só se calam como apoiam essa criminalização e buscam coordenar, ampliar e pôr em ação uma repressão generalizada, moderna e rápida. É a repressão do século 21. A história vai enterrar esta gente, esta classe dominante e seus agentes, na lata de lixo em que as grandes barbaridades do capitalismo serão atiradas. Abaixo a repressão!

Solidariedade com o Sintespe! A defesa do Sintespe é a defesa de todo o movimento dos trabalhadores!

Em defesa das liberdades democráticas. Pelo direito de organização sindical! Pelo direito de greve!

Abaixo a repressão! Anulação de todas as medidas judiciais já!