Greve dos Trabalhadores dos Correios entra no seu 3º dia: o governo se recusa a negociar

 

A greve dos trabalhadores dos Correios na cidade de Bauru recebe apoio da Esquerda Marxista por meio de nosso vereador Roque do PT.
Todo apoio às reivindicações e à greve!

Os trabalhadores se reúnem em Assembleia
A Greve Nacional dos Trabalhadores dos Correios entra em seu terceiro dia, sem que haja qualquer sinalização da direção da empresa e do governo em negociar com os trabalhadores. A categoria reivindica reposição integral da inflação do período, e mais R$ 400,00 para todos os empregados a título de aumento real.
 

A greve foi deflagrada em virtude da intransigência da empresa. Os Sindicatos discutiram por mais de 40 dias, mas não foi apresentara proposta viável e compatível com as reivindicações dos trabalhadores.
 
A empresa só no primeiro semestre de 2011 teve um lucro de mais de R$ 500 milhões.  O faturamento previsto para o ano é de R$ 14 bilhões, 2 bilhões a mais que em 2010. Só o contrato com o Banco Postal injetou nos cofres dos Correios R$ 2, 3 bilhões.
 
Grande parte no aumento dos percentuais de lucro dos Correios se deve à exploração do trabalho da maioria dos trabalhadores, que estão obrigados a trabalharem em dobro, em virtude do número reduzido de empregados, o que limitou os gastos com mão de obra.
O vereador Roque fala aos trabalhadores em greve
Uma das reivindicações da categoria para além das reivindicações econômicas, é que o governo autorize os Correios a convocarem as nove mil pessoas que passaram no último concurso, e que até agora aguardam convocação.

Por outro lado, as desculpas apresentadas pelo governo para não atender as reivindicações seria a crise econômica que se alastra por todo o mundo. Ora bolas, os trabalhadores não estão obrigados e não podem aceitar redução de salários, aumento de jornadas, para salvar os lucros dos banqueiros internacionais e de grandes corporações privadas.
 
A postura política do governo da presidente Dilma e do PT, deveria ser a de atender as reivindicações dos trabalhadores, e não sacrificá-los para salvar os negócios da burguesia. Este é o resultado do governo de coalizão com a burguesia. Ou o PT rompe com a burguesia e seus partidos, ou estes assumem definitivamente o governo, confiscando a vitória conquistas nas urnas pela classe trabalhadora.
 
A presidente Dilma pode começar a sua aproximação com a classe trabalhadora, por exemplo, revogando a MP 532 que abriu as portas para a privatização dos correios para entregá-los para as grandes corporações privadas internacionais.
 
A categoria se mobiliza em frente a agencia da cidade
Nosso mandato tem estado junto com os trabalhadores dos Correios nesta greve, participando de atos e assembleias em Bauru/SP, e fazemos nossa a palavra de ordem do movimento: Por um Correio Público e Estatal, não à Privatização!