Dilma com 71% de aprovação. Mas como se impor diante de um congresso desmoralizado?

A pesquisa Ibope encomendada pela CNI divulgada nesta sexta-feira (30/09) anuncia a Presidenta Dilma com 71% de aprovação, um aumento de 4% comparado com a pesquisa de julho. Mas se a aprovação de Dilma é tão positiva, porque não utilizarmos essa popularidade para avançar algumas pautas estruturais das reivindicações dos trabalhadores? Como as que abaixo seguem.
– 40h semanais de trabalho.
– Fim do fator previdenciário.
– Reestatização do que foi privatizado (Vale, setor elétrico, telefonia, Serviços Públicos).
– Volta do monopólio estatal, Petrobras 100% estatal.
– Educação e Saúde Pública e Gratuita para todos.
– Reforma Agrária.

As principais lideranças do PT dizem que aprovar essa pauta não é possível porque o conservadorismo do Congresso é enorme. Frente a esse argumento replicamos que existe um caminho para dobrar este Congresso Nacional reacionário, ou para varrê-lo do caminho, que é convocar uma Assembléia Constituinte Soberana, que represente de verdade o povo e realize suas aspirações mais sentidas. Podemos usar esta enorme aprovação de Dilma para se impor diante de um congresso de parlamentares corruptos e mordomos das corporações. Se a popularidade dela aumentou porque caçamos meia dúzia de corruptos, imaginem se Dilma convocar uma Assembleia Constituinte… Teríamos toda a força da CUT, UNE, MST e os movimentos sociais ao nosso lado. Mas para fazer isso Dilma deve romper com a burguesia, botar para correr todos os seus representantes e partidos. Portanto cai por terra todas as falácias dos que afirmam que não existe outro modo de governar e ter sustentabilidade!

 
Os números da economia mostram que a crise financeira está aí, batendo a nossa porta. Se essas alianças, com o PMDB e demais partidos comprometidos com o capital, não nos servem para fazer aprovar no Congresso o que a gente quer, porque afinal deveríamos continuar reféns dessa armadilha? É o que pergunto aos demais companheiros do PT.
Sugiro leitura da análise da Esquerda Marxista sobre a crise econômica, seus efeitos no Brasil e as perspectivas para o nosso combate no PT. Neste texto também explicamos com mais detalhes nossa proposta sobre a Assembléia Nacional Constituinte. Clique em: