Contra a criminalização dos movimentos sociais, continuar a mobilização

A resposta frente aos ataques contra nossos direitos é a mobilização, a greve! Frente ao latifúndio, a ocupação de terras! Frente a repressão, a denúncia e a organização de comitês contra a criminalização dos movimentos sociais!

No Brasil do governo Lula, as organizações da classe trabalhadora não estão destruídas ou completamente integradas ao aparelho de Estado. O MST acaba de realizar seu 5º Congresso, reunindo 17 mil delegados pela reforma agrária, apesar do aumento da repressão. Em 2005, havia 150 presos políticos ligados à luta no campo, mas em 2006 esse número chegou a 600, sem falar que os assassinatos e as desocupações violentas seguem impunes.

A CUT convoca uma ocupação pacífica do Congresso Nacional contra a Emenda 03 e o PLP 01, medidas que atacam direitos trabalhistas e sindicais, além de re-afirmar apoio aos servidores públicos, ao movimento das fábricas ocupadas e à luta pela previdência pública, contra qualquer reforma que retire direitos. Aliás, o presidente da central, Arthur Henrique, disse que os números apresentados pelo Ministério da Previdência (do ex-presidente da CUT, Luís Marinho) “não servem para nada”.

É importante destacar isso porque estamos vivenciando uma escalada de ataques contra os processos revolucionários da Venezuela e Bolívia e de criminalização dos movimentos sociais do Brasil. Alguns fatos comprovam:

A vinda de Bush à América Latina para isolar Chávez e Evo Morales. A intervenção federal e policial na Cipla e Interfibra, com 150 homens da PF para expulsar o Conselho de Fábrica e ativistas de base. A greve de massa dos servidores municipais de Florianópolis/SC brutalmente reprimida, com dirigentes sindicais ameaçados de prisão. As demissões de sindicalistas nas ferrovias controladas pela ALL. Os mais de 50 dias de ocupação militar promovida pela Força Nacional do Exército em favelas do RJ, com mortos e feridos, escolas e comércio fechados e população aterrorizada. Os controladores de vôo acusados de serem os responsáveis pelo apagão aéreo, sob orientação de Lula, que pediu aos militares da Aeronáutica para “colocarem ordem na casa” e “não aceitarem insubordinação” por “respeito à hierarquia militar”.

Mas por que isso acontece? Porque os exploradores reforçam suas posições de comando neste segundo governo Lula, que abre as portas do poder público para inimigos históricos da classe trabalhadora e, conseqüentemente, tem que recitar a cartilha do respeito à lei e à ordem capitalista diante das mobilizações populares.

A resposta frente aos ataques contra nossos direitos é a mobilização, a greve! Frente ao latifúndio, a ocupação de terras! Frente a repressão, a denúncia e a organização de comitês contra a criminalização dos movimentos sociais!

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