Urgente! Amanhã! Representantes da Secretaria da Presidenta Dilma na Flaskô!

 

Amanhã, dia 30 de Agosto, terça-feira, às 14h, dois assessores da Secretaria da Presidência da República estarão na Flaskô. Bigode e Feijó, ex-sindicalistas do ABC, e hoje assessores do Ministro Gilberto Carvalho, se comprometeram a visitar a Flaskô, e ouvir as reivindicações dos trabalhadores da Fábrica Ocupada Flaskô, buscando conhecer melhor nossa realidade para atender os pleitos que estamos apresentando.

A presença deles aqui é fruto de anos de luta do Movimento das Fábricas Ocupadas, que sempre lutou pela estatização sob controle operário. Em junho de 2003, Lula recebeu uma comissão de trabalhadores. Disse que a “estatização não estava no cardápio”, mas garantiu que “faria de tudo para a defesa dos postos de trabalho e as conquistas sociais da ocupação da fábrica”. O governo federal montou grupo de trabalho, nos recebeu em Brasília algumas vezes, fizemos reuniões, mas, concretamente, não houve avanço no atendimento das Fábricas Ocupadas. Pelo contrário, o que tivemos foi a intervenção nas Fábricas em Joinville/SC, em maio de 2007, acabando com o controle operário na Cipla e Interfibra.

Na Flaskô, conseguimos resistir, e seguimos com a produção sob controle operário e com todas as conquistas sociais que a gestão dos trabalhadores proporciona. Porém, as dificuldades são tremendas e o governo federal precisa atender as reivindicações dos trabalhadores da Flaskô, seja porque são constitucionais e legais, seja porque é um compromisso com a classe trabalhadora, compromisso esse assumido pessoalmente pelo ex-presidente Lula.

Para pressionar para o atendimento das reivindicações, um importante ato unitário ocorreu no dia 08 de dezembro de 2011. Junto com o assentamento Milton Santos e com o acampamento Elizabeth Teixeira, ambos do MST, com o MTST e com os moradores da ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, os trabalhadores da Flaskô ocuparam a sede da Secretaria da Presidência da República na Av. Paulista, em São Paulo, com mais de 4 mil pessoas, cobrando soluções quanto às pautas dos movimentos, que se expressavam na unidade da “desapropriação por terra, trabalho e moradia”.

Com o ato realizado, conseguimos uma reunião com o Ministro Gilberto Carvalho para o dia 19 de dezembro de 2011. A Secretaria da Presidência ficou de avaliar as propostas e apresentar alguns encaminhamentos. Infelizmente isso não ocorreu. Pelo contrário, todos viram os despejos ocorridos em 2012, seja das ocupações do MTST, seja a criminosa reintegração de posse no Pinheirinho. Com o MST, a situação do assentamento Milton Santos é dramática, e precisa de uma solução urgente.

Quanto a nós, da Flaskô, o governo federal continua resistindo em atender ao pleito da estatização sob controle operário. No entanto, mais do que isso, o governo continua se recusando a propor outros caminhos, ou mesmo, pautas subsidiárias. Particularmente, entendemos que o governo pode discutir outras possibilidades, como, por exemplo, a aprovação da declaração de interesse social, para fins de desapropriação, da Flaskô, garantido emprego, direitos, moradia, cultura e educação. Só depende da Dilma. “Decrete a desapropriação, já”!

Em 2012 nada avançou. O governo federal não manteve o diálogo prometido, e novamente tivemos que realizar um ato público na sede da Secretaria da Presidência na Av. Paulista. Na última quarta-feira, dia 24/10, os trabalhadores da Flaskô e as famílias sem-terra do assentamento Milton Santos se somaram a luta do MTST, e cobramos respostas do governo federal. Fomos recebido pelo assessor do Ministro, o Sr. Bigode, que apresentou alguns encaminhamentos.

Quanto à Fábrica Ocupada Flaskô, a proposta concreta foi de fazer essa visita, junto com o Feijó, chamado por Dilma-Lula para discutir a relação do governo federal com o “mundo do trabalho”. O objetivo da visita é reunir mais elementos, para depois, fazer uma reunião com o Gilberto Carvalho e Dilma, e discutir os encaminhamentos para a defesa dos postos de trabalho e os direitos e conquistas dessa importante experiência da classe trabalhadora.

Esperamos que seja uma boa atividade, e que o Governo Federal entenda a necessidade de atender aos pleitos da Flaskô. E mais do que isso, compreenda a importância da pauta pela desapropriação de interesse social, tanto é que, antes de vir à Flaskô, os assessores estarão visitando o assentamento Milton Santos.

Contamos com a presença de todos os apoiadores, mostrando a importância da resistência da luta da Flaskô.

Viva a unidade da classe trabalhadora! Quando a cidade e o campo se unir, a burguesia não vai resistir!