Trabalhadores dos Correios rejeitam proposta indecente e mantêm greve

 

 
 
A audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho entre a entidade representativa dos trabalhadores dos Correios (Fentect/CUT) e a empresa não acabou com o impasse nas negociações de campanha salarial da categoria.
 


 
A direção da estatal apresentou uma proposta indecente, mesmo assim o comando nacional da categoria orientou pelo fim da greve, mas os trabalhadores, nas assembléias de base de seus sindicatos rejeitaram a proposta e mantiveram a paralisação por tempo indeterminado.
Foi uma lição de dignidade e de resistência que tem total apoio da Corrente Sindical Esquerda Marxista da CUT (que, neste momento, está participando da 13ª Plenária Nacional da CUT).

Em texto anterior, já havíamos afirmado que qualquer acordo só seria possível se a estatal voltasse atrás na sua decisão de descontar os dias parados. A direção da empresa teve a cara de pau de afirmar, na frente do juiz, que pagaria os dias que foram descontados, mas que a partir de janeiro de 2012 iria cortar de novo, desta vez, em suaves prestações. Uma verdadeira afronta ao direito de greve reafirmado pela Suprema Corte do Trabalho brasileira!
No mais, praticamente manteve inalterada a proposta de reajuste salarial – que não alcança nem a inflação do período.

É isso aí companheiros trabalhadores dos Correios, a luta continua! Total apoio para a continuidade da greve e pela vitória da categoria! Mas, atenção: a mídia, todos os dias, em todos os jornais e telejornais, tem feito uma propaganda suja antigreve, por isso, devemos, por todos os meios possíveis, explicar para a população a justeza das reivindicações e a proposta indecente e a postura truculenta da empresa contra os trabalhadores.

Devemos também aproveitar o momento da realização da Plenária Nacional da CUT para cobrar que nossa central reúna, organize e mobilize todas as categorias em greve e em campanha salarial num plano de lutas unificado para exigir que o governo Dilma rompa com a burguesia e atenda as reivindicações dos trabalhadores.