Solidariedade aos antifascistas da Ucrânia

A Esquerda Marxista, na edição passada do Foice & Martelo (número 46), anunciava que estava iniciando uma campanha de solidariedade aos militantes ucranianos que estão sendo vítimas de ferozes ataques desferidos por bandos fascistas. Entenda o que se passa e junte-se à campanha antifascista.

A Esquerda Marxista, na edição passada do Foice & Martelo (número 46), anunciava que estava iniciando uma campanha de solidariedade aos militantes ucranianos que estão sendo vítimas de ferozes ataques desferidos por bandos fascistas.  Entenda o que se passa e junte-se à campanha antifascista.

Os companheiros da organização de esquerda na Ucrânia, o Borotba, lançaram um apelo internacional pedindo solidariedade e apoio a sua luta contra os fascistas.  A Corrente Marxista Internacional, da qual a Esquerda Marxista é integrante, em resposta ao Borotba, informava que: “no dia 20 de maio, uma gangue paramilitar de fascistas armados tentou sequestrar alguns ativistas de Borotba em plena luz do dia ao final de um protesto contra as autoridades de Kiev, na Praça da Liberdade, centro de Kharkov. O ataque foi repelido pelos manifestantes e por transeuntes sob o olhar passivo e cúmplice da polícia uniformizada que se encontrava presente”.

“O ataque foi realizado por homens armados, alguns vestindo capuzes e uniformes militares, que agrediram fisicamente alguns dos principais ativistas de Borotba e tentaram arrastá-los para uma Van sem identificação. Um dos que foram agredidos era Denis Levin, secretário da organização de Kiev do Borotba, que foi forçado a se mudar para Kharkov em fevereiro depois que os ativistas de “Euromaidan” destruíram os escritórios da organização em Kiev”.

“Borotba é uma organização marxista estabelecida em 2011 e que tem desempenhado um importante papel nos protestos anti-Kiev depois da remoção de Yanukovych, particularmente em Odessa e Kharkov. Depois do massacre de Odessa, em 2 de maio, a organização foi forçada à clandestinidade. Seus escritórios em Kharkov foram assaltados por homens armados não identificados de uma polícia ou força paramilitar sem mandato de busca. Seu candidato ao conselho e membro do conselho regional de Odessa, Alex Albu, teve que fugir do país à Criméia temendo ser preso”.

“Os ataques contra o Borotba fazem parte dos assaltos mais amplos sobre os direitos democráticos, desferidos pelo ‘governo interino’ de Kiev contra todos aqueles que se opõem as suas políticas. O ‘presidente interino’ Turchynov começou os procedimentos legais para banir o Partido Comunista da Ucrânia (que recebeu 2 milhões de votos na última eleição) e seu líder Petr Simonenko foi atacado por fascistas armados ao sair de uma entrevista na TV, na sexta-feira, 16 de maio. Os bandidos fascistas, agindo com a cumplicidade ou passividade do aparato de Estado, saquearam os escritórios do Partido Comunista em Kiev e em outras cidades e forçaram o partido a cessar suas atividades”.

“O fato de que o assalto tenha sido realizado à luz do dia por um grupo paramilitar não deve ser uma surpresa. Nos últimos e recentes meses as autoridades de Kiev estiveram incorporando grupos neonazistas paramilitares no aparato do Estado, recrutando-os no Batalhão de Azov do Ministério do Interior (os “homens de negro”) e também em uma variedade de outros batalhões da Guarda Nacional (Donbass, Dniepr etc.). Esses grupos paramilitares, alguns dos quais financiados diretamente pelos oligarcas, como o governador de Dnipropetrovsk, Kolomoisky, são a resposta do governo diante do fato de que os soldados comuns estão se recusando a lutar contra seu próprio povo nas províncias rebeldes do Leste”.

“Esses ‘Batalhões’ são compostos por ‘voluntários patrióticos’, muitos dos quais vieram de organizações fascistas e neonazistas, como a Assembleia Social-Nacionalista, os Patriotas da Ucrânia, a Irmandade, a 14ª Centúria, o Setor Direito, o Auto-Maidan, a Autodefesa Maidan, bem como membros aposentados das forças de segurança (ver, por exemplo, a tomada de posse do segundo grupo de voluntários do Batalhão de Azov onde eles portam bandeiras nazistas). Este é o tipo de ‘democracia’ que existe hoje na Ucrânia, com o pleno apoio de Washington, Londres e Berlin”.

“A Corrente Marxista Internacional deseja enviar nossa solidariedade aos camaradas de Borotba e para outras organizações antifascistas. Condenamos, nos termos mais enfáticos, os assaltos aos direitos democráticos na Ucrânia, particularmente a tentativa de banir o Partido Comunista, e apelamos à esquerda internacional e ao movimento dos trabalhadores a organizar uma campanha de solidariedade com a resistência antifascista”.

“Abaixo o governo de Kiev!”

“Defender os direitos democráticos!”

“Solidariedade com a resistência antifascista!”