Revolução Venezuelana avança!

O pacote de estatização de empresas de eletricidade, telefonia e petróleo anunciado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, foi mais uma bomba para o empresariado que investe no país e o governo dos Estados Unidos. O diretor do FMI mandou seu recado à Chávez, mas com bastante moderação: “Se o governo decidir mudar a propriedade dos meios de produção, é claro que o processo deve ser conduzido de forma ordenada” (O VALOR – 17/01/07). Postura de conselheiro que soa ridícula se comparada ao tom autoritário e soberbo de costume.

O FMI e banqueiros também reclamam pois que Chávez anunciou que pretende reduzir a autonomia do Banco Central venezuelano e diminuir a margem de lucros dos bancos privados que operam no país de 30% para 8% a 10% do capital.

Um banqueiro disse assustado: “Para o Brasil, estas posturas de Chávez não são boas!”. Ou seja, os empresários estão desesperados. Sabem que as medidas estatistas de Chávez fortalecem a revolução lá e esta influencia outros povos e pode contaminar qualquer país da América, inclusive os do norte.

Em todo o continente, os governos têm privatizado setores estratégicos e serviços públicos básicos. O desemprego e a miséria mostram que o capitalismo está apodrecido. Em todos os cantos as populações se queixam disso e diversos movimentos se inspiram na revolução venezuelana para cobrar de seus governos aquilo que Chávez vem fazendo. Quanto mais o ‘comandante’ avança, mais a América é contaminada pela luta antimperialista.

AS MEDIDAS DE CHÁVEZ

Estatização – Nacionalização de setores estratégicos que foram privatizados, como o de eletricidade e o de telefonia

Petróleo – Fim do controle de algumas companhias estrangeiras sobre o processamento de petróleo extra-pesado no Rio Orinoco

Poder – Pedido ao Parlamento que aprove uma lei habilitando o Executivo a fazer novas regras para agilizar as nacionalizações

Economia – Adequação das leis econômicas ao ‘socialismo do século XXI’ e ampliação do controle do governo sobre o Banco Central

Gabinete – Criação de pastas para assuntos indígenas e de telecomunicações

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