Revolução e contrarrevolução no Egito: as massas avançam e se defendem dos ataques de Morsi

 

Desde Janeiro de 2011 quando o povo egípcio tomou as ruas das cidades do seu país, ocupando seguidamente a Praça Tahir em Cairo, realizando gigantescas manifestações para derrubar o ditador pró-imperialista Hosni Mubarak e lutar por mudanças em sua terrível realidade, uma revolução começou no Egito.

Desde Janeiro de 2011 quando o povo egípcio tomou as ruas das cidades do seu país, ocupando seguidamente a Praça Tahir em Cairo, realizando gigantescas manifestações para derrubar o ditador pró-imperialista Hosni Mubarak e lutar por mudanças em sua terrível realidade, uma revolução começou no Egito.

Como todos os outros processos revolucionários da história, inclusive os que triunfaram, a revolução egípcia não se desenvolve em um processo linear. Ao longo de seu percurso, enfrenta o chicote da contrarrevolução, que faz de tudo para empurrar o Egito à sua antiga realidade. Hoje esse chicote está encarnado no atual presidente Mohammed Morsi e seu partido, a Irmandade Muçulmana, que de mera força religiosa, passou a ser a principal força do exército contrarrevolucionário articulado pela elite egípcia e pelo imperialismo dos EUA.

Contudo, este mesmo chicote reacionário pode ter um efeito inverso. Os decretos de Morsi, que lhe permite governar com imunidade judicial e sem consulta ao legislativo, inicitaram as massas contra a ofensiva contrarrevolucionária. As massas egípcias, que passaram por um duro processo de aprendizado nesses últimos dois anos, perceberam a ameaça e reagiram nas ruas.

Mais uma vez, na Praça Tahir, o povo luta contra o novo velho inimigo: a burguesia e o imperialismo. Quando a vanguarda operária e a juventude adquirirem a consciência de que a revolução só poderá fazer frente a esses novos ataques se organizarem-se em sindicatos e no seu partido, que os representem de forma independente, poderão assaltar so céus. Neste processo estão sendo forjados os quadros experimentados que poderão levar o movimento até o seu desenlace mais positivo: a tomada do poder. A revolução egípcia sobreviverá e triunfará!

Hoje, a grande batalha é para fortalecer a unidade entre os trabalhadores e a juventude, romper com o cerco imposto pela Irmandade e pela burguesia para por abaixo Mohammed Morsi. Cedo ou tarde as manifestações de rua devem se transformar em greves de massa, em greve geral.

Há um fio de continuidade, um elo nas lutas em todo o Oriente Médio que começa a moldar e soldar as lutas em diferentes países da região. O exemplo da greve Geral Europeia, com a unidade de todos os trabalhadores e oprimidos, ensinou os trabalhadores e jovens de todo mundo. Antes a Primavera Árabe foi o exemplo, depois veio Grécia, depois os trabalhadores de 26 países se mobilizaram no dia 14 na Europa. Isso certamente alimentará novamente a Primavera Árabe.

A unidade revolucionária do movimento dos trabalhadores em nível mundial começa a dar seus primeiros passos! Que bons ventos continuem a soprar da gelada Europa e das tórridas areias dos desertos do Oriente Médio.

Viva a Unidade dos trabalhadores Europeus e do Oriente Médio!  

Viva a unidade dos trabalhadores de todo o mundo!