PT no Rio – Derrota e desmoralização

O processo de desmoralização do PT do Rio de Janeiro parece não ter fim. Não bastou eleger a menor bancada de deputados federais e estaduais dos últimos anos para entender, que a política de colaboração de classes levou o partido ao beco sem saída em que se encontra.

O processo de desmoralização do PT do Rio de Janeiro parece não ter fim. Não bastou eleger a menor bancada de deputados federais e estaduais dos últimos anos para entender, que a política de colaboração de classes levou o partido ao beco sem saída em que se encontra. A direção do partido anuncia a liberação do voto no segundo turno das eleições no Rio. A maioria dos prefeitos (10 em 11) já anunciaram apoio a Pezão (PMDB), como aliás já tinham trabalhado no primeiro turno. Lindbergh e Quaqua (presidente do PT e prefeito de Maricá) anunciam apoio a Crivela.

A baixa votação de Lindbergh, apenas 10% dos votos, e o baixo número de votos na legenda do PT deveriam servir de ponto de partida para uma reorientação do Partido. Depois de anos de associação servil aos partidos da classe dominante, principalmente ao PMDB, o PT do Rio de Janeiro se aventurou em uma candidatura própria. O resultado das eleições revelou que o movimento veio tarde demais, o Partido perdeu sua sintonia com as massas e foi desprezados por elas.

O PSOL tem sido nos últimos anos o grande beneficiado da política equivocada do PT do Rio de Janeiro, seu candidato praticamente desconhecido fez quase tantos votos como Lindbergh. Aliás, enquanto Lindbergh anuncia que vai manter a privatização do Maracanã e que pensa em privatizar a cia. de Aguas (CEDAE), o Professor Tarcísio chega no último debate e pergunta diretamente a Pezão: aonde está o Amarildo? Representando toda a raiva com a política de repressão e morte que se abate sobre as comunidades mais pobres. Sim, o PT vai mais à direita e perde toda a sua base social, que é engolida pelo PSOL.

No segundo turno, a Esquerda Marxista tem uma posição clara: não votamos em candidatos da burguesia. Indicamos o voto nulo para governador do Rio na disputa entre Pezão e Crivela. Não somos e não seremos responsáveis por colocar um burguês no governo do Estado.