Povo Sem Medo contra Cunha e o Ajuste Fiscal do Governo Federal

No dia 8 de novembro a Frente Nacional de Mobilização “Povo Sem Medo” realizou em várias capitais do Brasil, atos públicos com a consigna “Fora Cunha e o Ajuste Fiscal”.

Milhares saíram às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Uberlândia, Recife, Fortaleza, Goiânia, Brasília, Boa Vista, Palmas, Curitiba, Porto Alegre e Natal deixando claro o seu recado contra as medidas do Congresso e do Governo.

No dia 8 de novembro a Frente Nacional de Mobilização “Povo Sem Medo” realizou em várias capitais do Brasil, atos públicos com a consigna “Fora Cunha e o Ajuste Fiscal”.

Milhares saíram às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Uberlândia, Recife, Fortaleza, Goiânia, Brasília, Boa Vista, Palmas, Curitiba, Porto Alegre e Natal deixando claro o seu recado contra as medidas do Congresso e do Governo.

Na convocatória ainda figuravam consignas como “Nenhuma saída à direita!” e “O povo não pode pagar pela crise!”.

Os militantes da Esquerda Marxista participaram ativamente em diferentes cidades, distribuindo um panfleto com a chamada “O Ajuste Fiscal é o verdadeiro golpe” que, dentre outras questões, explicava:

A crise econômica se aprofunda e atinge em cheio a classe trabalhadora. São 8,8 milhões de trabalhadores sem emprego no país, 1,24 milhão de postos de trabalho fechados nos últimos 12 meses. Enquanto isso, o lucro dos bancos aumenta em mais de 10%. A inflação sobe, o emprego some e os bancos ganham. 

O governo Dilma aplica todo o contrário do que prometeu na campanha e curva-se ainda mais aos capitalistas. 

Muito tem se falado de golpe da direita, de impeachment. Mas essa é a linha da fração majoritária da burguesia para enfrentar a atual situação? 

Eduardo Cunha, que alguns apontam como o representante do golpismo, está envolvido até o pescoço em casos de corrupção e a própria burguesia toma distância dele. Cunha joga e se segura, inclusive com o vergonhoso apoio do PT. 

(…)

Os que agitam que o golpe está prestes a acontecer e que o fascismo está logo ali, virando a esquina, usam esse discurso para buscar justificar sua capitulação à defesa deste governo indefensável pela esquerda. Esta é a manobra presente na Frente Brasil Popular. 

Entre os trabalhadores e jovens, a reprovação do governo ultrapassa os 70%. (…) Este fenômeno se dá por vários fatores, mas centralmente porque o governo Dilma, com aval de Lula e do PT, aplicou um verdadeiro estelionato eleitoral. Se podemos falar em ‘golpe’, o Ajuste Fiscal é o verdadeiro golpe! Um golpe contra o povo e um golpe ainda mais duro naqueles que votaram em Dilma e, com razão, se sentem traídos.” 

A CUT, que participa da Frente Povo Sem Medo e da Frente Brasil Popular já deixou claro que trabalha para fundir as duas frentes. Mas a Frente Brasil Popular é uma manobra de Lula e da direção do PT para dar uma cobertura “de esquerda”, dos movimentos sociais, ao Governo Dilma, com o pretexto de “defender a democracia”, de combater o suposto “golpe”. Já a Frente Povo Sem Medo coloca-se claramente contra a política desse governo. 

No ato de São Paulo, que reuniu cerca de 40 mil pessoas, Guilherme Boulos avisou que se o Ajuste Fiscal de Dilma cortar ainda mais o orçamento dos programas de habitação, os movimentos de moradia prometem um final de ano quente, com ocupações e manifestações.

As direções da CUT e da UNE não mobilizaram suas bases para os atos. A direção da CUT segue deixando no isolamento as greves, como a dos petroleiros.

Mas as direções governistas falharam em seu intuito de esvaziar os atos do dia 8, as mobilizações cumpriram um importante papel, levando às ruas do país, de maneira expressiva, o combate contra o ajuste fiscal. No entanto, é preciso avançar, dirigir-se às fábricas e escolas para ampliar a mobilização. 

Nós, da Esquerda Marxista, compreendemos que a unidade é fundamental para enfrentar a atual situação. Nesse sentido lançamos o manifesto por uma frente da esquerda unida no início do ano, apontando que além das lutas pelas reivindicações imediatas, o que se coloca é o combate pela abolição da ordem existente. 

Para construir um mundo novo é necessário uma verdadeira Assembleia Popular Constituinte, um Governo dos Trabalhadores, que varra as atuais instituições desta podre democracia e estabeleça um novo poder e novas instituições, populares e revolucionárias.

Junte-se a nós nesse combate!  (http://goo.gl/forms/2GoK36aIxI)