O capitalismo é horror sem fim

O que se espalha é a barbárie gerada por esse sistema moribundo. Como disse Lenin: “o capitalismo é horror sem fim”. Mas de um canto a outro do mundo os povos resistem. Cada vez mais chegam à conclusão de que este sistema não pode oferecer um futuro digno. São os ecos da revolução mundial.

Mais de 60 milhões de refugiados em todo o mundo, milhares deles encontrando a morte ao buscarem se salvar das guerras bárbaras e imperialistas em seus países.

128 mortos e mais de uma centena de feridos na série de atentados terroristas em Paris, organizados pelo Estado Islâmico (EI). Um ataque reacionário contra o povo trabalhador, que se soma aos ataques terroristas contra o povo no Egito, Líbano, Tunísia, Iêmen, Líbia, Arábia Saudita, organizados pelo EI somente nesse ano, incluindo o avião russo derrubado no Egito em 31 de outubro resultando na morte de 224 pessoas que iam a São Petersburgo. Sem esquecer os milhares que morrem na Síria e Iraque, tanto pelas mãos do EI quanto pelos bombardeios de Rússia, França e EUA.

No Brasil, destruição de Bento Rodrigues, distrito de Mariana/MG, morte de dezenas de pessoas, desaparecidos, profundo impacto ambiental com o rompimento das duas barragens de depósitos de rejeitos da produção de minério de ferro da empresa Samarco, controlada pela Vale do Rio Doce e a multinacional BHP Billiton.

A burguesia do mundo inteiro tenta jogar a conta da crise nas costas da classe trabalhadora, com desemprego e retirada de direitos. O capitalismo mostra sua verdadeira face nas palavras do ministro japonês, Taro Aso, que disse que os idosos deveriam “se apressar e morrer” em vez de custar dinheiro ao governo em cuidados médicos até o “fim da vida”.

Estes são alguns exemplos recentes da barbárie gerada por esse sistema moribundo. Como disse Lenin: “o capitalismo é horror sem fim”.

O atentado em Paris e as manobras do imperialismo

Nós repudiamos os ataques terroristas em Paris. Ao mesmo tempo, repudiamos a tentativa da direita de culpar os refugiados, migrantes e comunidades muçulmanas.

O governo francês utiliza o atentado como pretexto para atacar as liberdades democráticas, como, por exemplo, com o estado de emergência instalado. A burguesia francesa faz o chamado pela “unidade nacional” contra o terrorismo. Para nós não há nenhuma unidade entre os trabalhadores (como os milhares da Air France que acabaram de ser demitidos), e os capitalistas (como os donos da Air France que demitem milhares sem hesitar). A luta contra a burguesia e seu sistema é que pode abrir uma saída contra a barbárie que eles criaram.

Há décadas que as potências imperialistas intervêm militarmente no Oriente Médio semeando morte e destruição em nome da “paz” e “democracia”, incentivando as divisões religiosas para seu domínio. No Iraque não havia bases da Al-Qaeda ou qualquer grupo terrorista, foi a guerra imperialista encabeçada pelos EUA que criou as condições para esse desenvolvimento.

O imperialismo está longe de ser o inimigo do terrorismo. Ele tem a responsabilidade primária pela existência dessa escória e muitas vezes o apoio direto, financiando e armando estes grupos a serviço de seus interesses. No Afeganistão, foram os EUA quem primeiro financiaram e apoiaram as forças da reação sombria em sua luta contra o regime do PDPA e a URSS na década de 1980.

A luta contra o terrorismo, contra grupos reacionários como o Estado Islâmico, Al-Qaeda, Boko Haram, Taliban, etc., não pode ser separada da luta contra a intervenção imperialista, contra a guerra e o sistema capitalista como um todo.

Os povos resistem

Mas de um canto a outro do mundo os povos resistem. Cada vez mais chegam à conclusão de que este sistema não pode oferecer um futuro digno. Os governos que se dedicam a salvá-lo são seguidamente reprovados pelas massas.

Pudemos ver isso nas eleições de Portugal, com a abstenção de 45% dos eleitores, sinal da descrença com esse sistema político, e 50,8% dos votos indo para os partidos de esquerda. O primeiro ministro de direita, Passo Coelho, caiu após 11 dias de sua posse, a partir da unidade reivindicada pelas bases do Bloco de Esquerda, Partido Comunista e Partido Socialista contra o governo. Ao ser noticiada a queda do primeiro ministro, os manifestantes que se reuniam em frente ao parlamento cantaram “A Internacional”.

Na Grécia, após a reeleição de Tsipras, a classe operária volta a combater a austeridade. A greve de 24 horas em 15 de novembro, convocada pelos sindicatos, foi a primeira contra o governo do Syriza após a capitulação às exigências da Troika.

Na Espanha segue a situação convulsiva antecedendo as eleições gerais de 20 de dezembro. Porém, no último período, o PODEMOS moderou seu discurso, defendeu Tsipras e sua capitulação. Com isso perdeu votantes e simpatizantes, o que mostra que as massas sabem que soluções radicais e de esquerda é que são necessárias para abrir uma saída.

Na própria França há uma latente insatisfação popular. Na recente greve da Air France contra as demissões o que se viu foi a ira dos trabalhadores. O que o título de um artigo da BBC classificou como “ecos da revolução”.

A mesma situação está presente no surgimento de greves de massa no Brasil, na greve dos petroleiros em curso, que resiste e segue, apesar do indicativo da direção da federação sindical, FUP, pelo encerramento.

É o que vemos com o ânimo de luta da juventude de São Paulo que, enfrentando a repressão, tem ocupado escolas contra a “reorganização” escolar de Alckmin, que visa fechar escolas, demitir professores, superlotar salas de aula para reduzir custos.

Jovens e trabalhadores ao redor do mundo mostram toda sua disposição de luta. Sim, são os ecos da revolução mundial. O mundo é nosso país! Lutemos por um futuro digno para a humanidade! Venha lutar conosco pela revolução socialista! Junte-se à Esquerda Marxista!

Tem interesse em se organizar com a Esquerda Marxista? Preencha este formulário(http://goo.gl/forms/2GoK36aIxI), para que possamos entrar em contato e abrir a discussão.