Nota em solidariedade ao militante Hamilton Borges Walê – perseguido pela PM da Bahia

Na última quarta-feira (30/09) o militante Hamilton Borges Walê, do movimento Quilombo Xis- Ação Cultural Comunitária foi surpreendido pela Polícia Militar (PM) da Bahia que covardemente invadiu sua casa para ‘efetivar’ uma ‘abordagem’ sob alegação de ‘denúncia’ anônima. A tal abordagem foi realizada por policiais armados até os dentes e sem qualquer autorização judicial, mesmo pelo tardar das horas. Afinal, para a justiça classista as ditas garantias constitucionais são nada mais que letra morta quando pesa na balança os interesses da classe dominante.

Na última quarta-feira (30/09) o militante Hamilton Borges Walê, do movimento Quilombo Xis- Ação Cultural Comunitária foi surpreendido pela Polícia Militar (PM) da Bahia que covardemente invadiu sua casa para ‘efetivar’ uma ‘abordagem’ sob alegação de ‘denúncia’ anônima. A tal abordagem foi realizada por policiais armados até os dentes e sem qualquer autorização judicial, mesmo pelo tardar das horas. Afinal, para a justiça classista as ditas garantias constitucionais são nada mais que letra morta quando pesa na balança os interesses da classe dominante.

Hamilton Borges Walê e sua companheira Andrea Beatriz Santos, estão sendo perseguidos há algum tempo por denunciarem à violenta ação de policiais que usam o poder repressivo estatal para massacrar os trabalhadores e a juventude nas favelas da Bahia, principalmente a juventude negra.

A truculência com que militantes têm sido perseguido em todo país é fruto da política de criminalização do estado burguês que serve aos interesses do capital.  Os policiais sabem muito bem qual é o ‘comando’ e ‘quem’ está no comando. A Polícia Militar (PM) da Bahia tem como chefe o governador Jacques Wagner – PT, que também é o chefe do subsecretário de Segurança Pública da Bahia, Ari Pereira, que recentemente atirou contra um grupo de cerca de mil integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST)[1], quando estes queriam cobrar do Secretário de Segurança, Maurício Barbosa, a apuração do assassinato do militante Fábio dos Santos Silva, ocorrido em abril, no município de Iguaí.

Os dados de perseguição e mortes são alarmantes. Entre 2009 a 2012, 6.483 pessoas foram assassinadas, em Salvador, sendo o maior extrato (80%) trabalhadores e jovens negros das periferias. As vítimas têm identidade e pesam no lado da balança da maioria explorada que garante o lucro exorbitante de uma minoria. que agora também quer, através do encarceramento em massa, através de prisões privatizadas, lucrar com a violência instalada pelo próprio sistema capitalista.

É o estado burguês que em nome da segurança pública ataca violentamente as lideranças dos movimentos sociais que gritam por uma justiça que o capitalismo não pode dar, pois para o sistema capitalista os  trabalhadores e jovens devem ser criminalizados, bem como todos os que defendem suas bandeiras de luta.  

O Movimento Negro Socialista (MNS) manifesta toda solidariedade ao militante perseguido Hamilton Borges Walê, e reafirma a necessidade de combatermos incansavelmente a criminalização dos movimentos sociais que vem sendo aplicada como política de estado.

O combate ao racismo e a luta contra a criminalização dos movimentos sociais é uma guerra a ser travada na arena da luta de classes, onde o extermínio de trabalhadores ocorre a cada gota de sangue extraída para sustentar o sistema capitalista. Nossa arma, porém, está na organização e na solidariedade de classe, exigindo resposta a cada ataque e no combate incansável contra toda forma de violência, exploração e discriminação que sustenta as estruturas podres desse sistema.

Solidariedade ao militante Hamilton Borges Walê!

Abaixo a repressão e perseguição policial!!

Contra a criminalização da juventude e dos trabalhadores!!