Foto: Fernando Robleño

Movimento Mulheres pelo Socialismo lançado em Joinville

Na quinta-feira (8/3), foi lançado em Joinville o movimento Mulheres pelo Socialismo. Estiveram presentes no auditório do Sinsej mulheres, homens e diversos jovens, interessados em aprender mais sobre a luta pela emancipação feminina – que para os comunistas só será possível com a derrubada do capitalismo.

A mesa foi composta pelas camaradas da Esquerda Marxista Maritania Camargo, Mayara Colzani e Bruna dos Reis. Mayara fez uma breve introdução, relatando os principais motivos que culminaram no dia 8 de março. Entre eles, as greves nas indústrias têxteis e o incêndio em uma fábrica nos Estados Unidos que matou dezenas de trabalhadoras.

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Foto: Fernando Robleño

Em seguida, Maritania deu início ao informe dizendo que o Mulheres pelo Socialismo é um movimento marxista. Portanto, pretende discutir a emancipação das mulheres em uma perspectiva de luta de classes. A camarada lembrou que o machismo e a opressão sobre a mulher nem sempre existiram. Eles são frutos da propriedade privada, o que Engels, em “A origem da família, da propriedade privada e do Estado”, explica bem. A sociedade funcionava de forma mais igualitária, mas com as posses e o direito à herança surgiu a necessidade de saber quem era o pai. E foi então que começou a exploração à mulher.

A camarada Bruna falou um pouco mais da plataforma de luta de Mulheres pelo Socialismo, a “Plataforma política de luta pela emancipação da mulher trabalhadora“. O movimento busca dialogar com as mulheres e jovens trabalhadoras, explicando que o machismo e a opressão são um problema de classe e assim devem ser combatidos. Entre as principais defesas estão a construção de creches, lavanderias, restaurantes coletivos. O direito ao tempo para estudo, trabalho igual salário igual. O direito a decidir sobre o próprio corpo. Leia aqui a plataforma completa.

Foto: Fernando Robleño

Os presentes contribuíram com relatos sobre representatividade e sobre o movimento feminista. Para finalizar, a mesa respondeu que de fato a representatividade precisa estar ligada à política, não ao gênero, à cor de pele, à origem etnica. Representa os trabalhadores todo aquele que defende a revolução socialista. Sobre o feminismo, foi explicado que é preciso ir além da pauta do dia a dia. A opressão às mulheres é um problema de classe e precisa ser visto desta forma, pois é o único meio de proporcionar a emancipação completa.

A próxima atividade ficou marcada para o dia 3 de abril, às 19 horas, no Sinsej. Todas mulheres, homens e jovens que desejam ajudar a construir Mulheres pelo Socialismo são convidados a participar.