Militantes marxistas debatem atualidade do bolchevismo para construção de um partido revolucionário

Foto: Henrique Macedo

No segundo dia da Escola de Secretários da Esquerda Marxista (29/4), os participantes discutiram como se organizam os bolcheviques. O secretário geral da EM, Serge Goulart, fez um informe relatando as práticas históricas de organização dos comunistas. Vários camaradas contribuíram relatando experiências militantes.

Foto: Henrique Macedo

Serge começou seu informe alertando o plenário de que é inútil apenas conhecer o que fizeram os bolcheviques se não for colocado em prática esse conhecimento. O papel fundamental do bolchevismo é reconhecer um problema e definir medidas sobre como resolvê-lo. “É preciso analisar a realidade e transformá-la”, falou o camarada

No decorrer da história, muitas organizações e mesmo indivíduos tentaram resolver a situação das massas: anarquistas, guerrilheiros, blanquistas, utópicos, entre outros. Porém, falharam porque era preciso uma organização embasada na história da sociedade, na luta de classes, que condensasse a experiência do proletariado organizado a partir da contribuição teórica de grandes intelectuais ligados ao movimento revolucionário. A emancipação da classe trabalhadora será obra dela mesma, como explicou Marx, e o papel dos bolcheviques é atuar como a parcela mais resoluta do movimento, ajudando a elevar a consciência dos explorados para que isso se torne realidade.

Instrumentos de combate

Foto: Henrique Macedo

Diversos camaradas se inscreveram e contribuíram com o debate, relatando experiências e identificando ações necessárias para melhorar a militância. Em cada fala era possível perceber o ânimo em construir uma organização bolchevique. Os militantes encerraram o debate confiantes de que, como disse Leon Trotsky, a vida é bela e é preciso mostrar isso a toda a humanidade.

Esse foi o último dos temas de debate da Escola de Secretários da Esquerda Marxista. Também foi abordada a luta contra as ideias alheias à classe trabalhadora e o combate dos marxistas diante das eleições. Ainda no domingo ocorreu a abertura do 6º Congresso da Esquerda Marxista [confira o relato desse evento aqui], que segue seus trabalhos até 1º de maio – histórico Dia Internacional da Luta dos Trabalhadores.