Mais um verão de chuva no IFSP, a Federal que chove

Todo verão é a mesma coisa, alunos que não podem ter aula, pois chegam ensopados nas carteiras que mais parecem cachoeiras, porque chove em todo o andar superior.

O prédio do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), anos atrás chamado de Escola Técnica Federal, parece da mesma idade da escola da qual é herdeiro, a Escola de Artificies de São Paulo, criada há mais de 100 anos no mesmo terreno. A precarização dos serviços públicos, levada a cabo pelo capitalismo, tem se refletido em condições impróprias de estudo e trabalho no edifício do IFSP. O prédio tem problemas de infraestrutura e diversos vazamentos antigos e novos que fazem chover dentro da faculdade sempre que chove fora. Todo verão é a mesma coisa, alunos que não podem ter aula pois chegam ensopados nas carteiras que mais parecem cachoeiras, porque chove em todo o andar superior.

O antigo diretor do Campus começou diversas reformas que nunca foram terminadas. Seguindo o padrão de seus antecessores, do Governo Dilma, que se recusa a romper com a burguesia e investir massivamente no setor público, nada fez além reformas não estruturais. Não resolveu nenhum vazamento, haja vista o fato ocorrido na semana passada. Veja o vídeo feito por alunos de como fica a faculdade em dias de chuva: https://www.youtube.com/watch?v=vf4WfHvwkFg

Nos comentários do vídeo podemos ver que o problema é antigo.

A precarização do ensino público não acontece por acaso, é uma de muitas formas de fomentar a privatização dos recursos públicos, para que o capital privado adentre ainda mais nos serviços públicos e gratuitos.

Em tempos de estádios de milhões de reais inundados pelo dinheiro público, enquanto os serviços públicos seguem precarizados os alunos das universidades públicas se perguntam o porquê de uma universidade federal ser tão pior em relação às universidades privadas que são inundadas com dinheiro público via FIES, Prouni, incentivo fiscal e outras formas de privatização de dinheiro. Este dinheiro deveria ser destinado ao ensino público, gratuito e para todos! Isso aumentaria de poucas centenas de milhares às dezenas de milhões de vagas nas universidades federais, suprindo TODA a demanda. Contudo, a lógica neoliberal é privatizar e se inserir nos serviços públicos cada vez mais, com seu projeto de precarização.

Não faltam exemplos de faculdades federais, e estaduais, com falta de recursos. O Campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo não tinha prédio quando foi inaugurado. A UNESP tem diversos problemas de infraestrutura também e de assistência estudantil. Mesmo a USP, com sua meia dezena de bilhões, em função do maciço investimento em “cursos de ponta” (ou seja, que dão mais lucro aos capitalistas), carece que de problemas de infraestrutura e auxílio aos estudantes carentes.

O que sabem os marxistas é que o dinheiro para obras em escolas são escassos no Capitalismo, recursos que, como acontecem todos os anos, fluirão como água para o bolso dos banqueiros estrangeiros ao invés de serem direcionados aos serviços públicos, gratuitos e a todos.

Nós estudantes estamos fartos, precisamos de organização e mobilização, precisamos exigir serviços públicos de qualidade e com acesso universal. Por isso impulsionamos a campanha Público, Gratuito e Para Todos: Transporte, Saúde e Educação! Abaixo a repressão!

É urgente montarmos um comitê de luta para essa campanha no IFSP para demonstrarmos a indignação dos estudantes em uma transformação real da Universidade.

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