Grécia: nem “compromisso honroso” nem “ruptura acidental” – o único caminho a seguir é a Revolução Socialista – Parte 5

O fato de que a ala esquerda do partido tem o controle político de um terço de SYRIZA e de sua liderança é a indicação mais segura de que as tradições comunistas ainda estão vivas e constituem, objetivamente, o maior obstáculo à tentativa de transformá-lo em um típico partido socialdemocrata. Isto explica a agressividade da burguesia contra o componente mais forte da ala esquerda, que é a “Plataforma de Esquerda” (“Corrente de Esquerda” e “Rede Vermelha”) e os constantes apelos ao primeiro-ministro para “limpar” o partido de sua influência.

A divisão e os processos na maioria da liderança

A tendência da maioria da liderança, a “Unidade de Esquerda” (AREN), agora está oficialmente dividida. O reduzido núcleo de quadros do grupo do presidente, como os camaradas Bournous, Pappas e outros, organizou uma reunião em 5 de abril, separadamente da ala esquerda de “AREN”, a “Moção de 53”. Eles chamaram sua iniciativa de “Moção de Unificação” e publicaram um documento oficial.

Este documento constitui uma apologia autocomplacente das políticas da liderança. Proclama que a liderança está e sempre estará certa, no passado, no presente e no futuro, tomando as decisões “melhores” e “históricas”. Este documento, além de transmitir rotina burocrática, não oferece qualquer informação útil sobre o que esses quadros, justificados pela vida e pela história, estão pensando nesta crítica conjuntura política.

Qual é a sua opinião da coalizão com ANEL agora? Quais as conclusões que tiram a respeito das “negociações”? E que propõem que o governo faça sobre o aumento das extorsões de Schäuble e seu grupo? Que política deveria ser seguida no evento de uma ruptura com a Europa? Todas estas questões são consideradas como “detalhes”. Os quadros da “Moção de Unificação” acreditam que as questões acima estão unicamente na alçada do presidente e de seu gabinete mais próximo. Os líderes são os responsáveis pela política e o restante dos membros estão ali somente para aplaudir.

Os quadros da “Moção de Unificação” parecem estar em prolongado debate com os quadros remanescentes da velha “Ala Renovação” de Synaspismos (a ala da qual DIMAR foi criado) e “Plataforma 2010”, liderada por Papadimoulis, Balafas e Dourou. Segundo informado, eles estão preparando uma reunião nacional em 24 de maio, e se espera que lancem uma declaração formal. Talvez então vamos saber mais sobre a ideologia da “Moção de Unificação”. Até agora, no entanto, o que parece existir é o modelo de um partido livre da “patogenia” das tendências, na forma de sugestões às atitudes de seus quadros, bem como em seu nome, enquanto parece que também ataca a atual correlação de forças dentro do partido como “obsoleta”. Isto sugere que a resolução do “problema” pode ser encontrada através da convocação imediata de um congresso.

O que sugerem os processos em torno de “Moção de Unificação”? É evidente que refletem as preocupações do gabinete próximo ao presidente sobre o crescente criticismo e o aumento do isolamento político que o cerca no âmbito dos procedimentos coletivos do partido que vigoram. O aspecto mais preocupante para o gabinete é sua incapacidade de controlar até mesmo o Secretariado Político, onde somente 4 dos 13 membros que constituem o órgão vieram da direita da maioria, incluindo o próprio presidente. Ao mesmo tempo, o novo Secretário não aderiu à “Moção de Unificação”. Aderiu a outra tendência da maioria (“Moção dos 53”). Os elementos da ala mais à direita da liderança se dão conta de que, sob estas circunstâncias, é impossível confiar no partido em seus planos de retirada em nome de um “compromisso honroso”. A liderança se dá conta da necessidade de criar um novo grupo dentro do partido que irá criar as necessárias circunstâncias e correlações que o gabinete precisa. Irão recrutar pessoas para este grupo defendendo a “confiança no líder”.

Os objetivos não mencionados, mas óbvios, de “Moção de Unificação”, fazem dele o início de um movimento que tenderá a reunir os elementos mais carreiristas, devido ao seu perfil político. Estes carreiristas procurarão no presidente o fiador de assentos e decorrentes privilégios, uma vez que temem o caráter pluralista do partido, como uma ameaça a ser eliminada unicamente através da completa abolição das tendências dentro dele. Entretanto, por mais irônico que possa parecer, a abolição desta característica definidora de SYRIZA é preparada através da criação de uma nova tendência…

A classe dominante grega, que está com pressa para ver o presidente “tomar conta da situação” e assinar o compromisso honroso ignorando a ala esquerda, certamente aprecia os motivos “unificadores” desta nova tendência. Portanto, “Moção de Unificação” e “Plataforma 2010” constituem objetivamente o imediato eco político das pressões da classe dominante sobre o partido e sua liderança. É só uma questão de tempo para que estas tendências se unam em luta comum contra a ala esquerda.

Em resposta aos movimentos da equipe próxima ao presidente, a “Moção dos 53+”, que reflete o ponto de vista das tendências e quadros da velha “ANASA”, realizou um evento público em 17 de abril. Esta iniciativa constitui uma tentativa de certo número de quadros da liderança, no centro ou na borda da autoridade governamental, para diferenciar sua posição considerando os mais extremos fenômenos das concessões políticas. Querem colocar sua própria “linha vermelha” sobre quais concessões não são permissíveis.

A confiabilidade de seu anêmico criticismo de esquerda, no entanto, é inexistente, uma vez que eles próprios não são “parentes pobres”, mas desempenham papel-chave no aparato do partido e no governo. Um exemplo característico é a recente entrevista do camarada Tsakalotos (agora líder da equipe de negociação e um dos principais membros de “Moção dos 53+) a “MEGA”, onde caracterizou o acordo de 20 de fevereiro como “excelente”. Sua única crítica era que o governo tinha cometido um erro ao não solicitar recompensas financeiras antes de assinar.

Com ou sem culpa à esquerda, toda a maioria da liderança, à direita e à esquerda, tem uma grande responsabilidade pela submissão do governo às chantagens dos credores, assim como pela aceitação do papel de administrar o putrefato capitalismo grego. Não é por coincidência que ambas as “Moções” da maioria da liderança apoiem conjuntamente a política de “compromisso honroso”. Isto os torna conjuntamente responsáveis pelo sofrimento que virá se este pérfido compromisso for feito, tanto para a classe trabalhadora quanto para a esquerda.

Plataforma de Esquerda”: tarefas históricas e timidez “histórica”

O fato de que a ala esquerda do partido tem o controle político de um terço de SYRIZA e de sua liderança é a indicação mais segura de que as tradições comunistas ainda estão vivas e constituem, objetivamente, o maior obstáculo à tentativa de transformá-lo em um típico partido socialdemocrata. Isto explica a agressividade da burguesia contra o componente mais forte da ala esquerda, que é a “Plataforma de Esquerda” (“Corrente de Esquerda” e “Rede Vermelha”) e os constantes apelos ao primeiro-ministro para “limpar” o partido de sua influência.

A forte posição da “Plataforma de Esquerda” torna fundamental o seu papel hoje. A crítica positiva e camarada expressa pela Tendência Comunista é conhecida pelos camaradas da Plataforma de Esquerda. As ideias da Plataforma de Esquerda diferem decisivamente do Marxismo genuíno, sendo uma versão moderna do tradicional reformismo estalinista de esquerda: o patriotismo em lugar do internacionalismo proletário, a defesa de posições programáticas sem relacioná-las ao poder dos trabalhadores e ao socialismo, o apoio à visão de cooperação de classe com os (atualmente, inexistentes) setores “democráticos” e “progressistas” da classe dominante. Estas ideias pertencem à “Corrente de Esquerda”, mas até mesmo “Rede Vermelha”, que fala em nome do Marxismo revolucionário, ainda não se diferenciou deles e não os criticou publicamente.

Como reflexo destas ideias, as táticas da “Plataforma de Esquerda” contra a maioria socialdemocrata nas reuniões dos órgãos de liderança eram e ainda são tímidas. Caracterizam-se mais pela apresentação regular de emendas do que como documentos alternativos, como também pela ausência de alguma estratégia clara para se ganhar a maioria e explorar a deterioração que ocorre agora nas fileiras da maioria da liderança.

A chegada ao poder do novo governo trouxe à tona todos os elementos fracos das políticas e táticas da “Plataforma de Esquerda”. Em consonância com a defesa de uma aliança com o setor “progressista” da burguesia, a liderança da “Plataforma de Esquerda” não expressa o menor desacordo com a inaceitável coalizão com ANEL. A liderança da “Plataforma de Esquerda” inclusive subordinou um quadro superior sob a liderança política direta do reacionário presidente de direita de ANEL e ministro da defesa, Panos Kammenos. O maior componente da “Rede Vermelha”, DEA, tratou disto como um “mal necessário” e não colocou nenhuma alternativa concreta a isto, apesar de não estar de acordo com a coalizão com ANEL.

O consenso na inaceitável nomeação do burguês de direita P. Pavlopoulos, como presidente da República, foi outro exemplo da falta de uma postura consistente de esquerda da liderança da “Plataforma de Esquerda”. Membros da “Plataforma de Esquerda” deram seu voto positivo no Parlamento, colocando, dessa forma, mais uma vez em prática suas ideias de aliança com os burgueses “patrióticos” e “democráticos”. Os dois parlamentares da “Rede Vermelha”, por seu lado, não se atreveram a votar contra Pavlopoulos: um (o camarada Psarea) votou a favor e o outro (o camarada Gaitani) declarou seu desacordo, mas se limitou à abstenção.

O humilhante acordo de 20 de fevereiro foi recebido com atitude tímida e contraditória, mais uma vez, por parte da Plataforma de Esquerda. Levou alguns dias, bem como uma clara oposição da Tendência Comunista e dos camaradas Manolis Glezos e Sofia Sakorafa, antes que a Plataforma de Esquerda lançasse uma posição relativamente clara. Este método da Plataforma de Esquerda de “experimentar o sabor da água” perde, obviamente, contato com a importância política da situação. Finalmente, a Plataforma de Esquerda discordou do conteúdo do acordo, mas sem pedir sua abolição nem tomar uma posição clara sobre o que deviam fazer os parlamentares de esquerda se o acordo fosse aprovado no Parlamento.

Outro exemplo recente desta atitude politicamente tímida foi o voto pelo ato legislativo (PNP) para as reservas financeiras dos municípios e de outras organizações do estado. Apesar de seu desacordo publicamente expresso, todos os membros da Plataforma de Esquerda votaram a favor do PNP, alinhando-se parcialmente com o argumento governamental do “compromisso honroso”. A “Rede Vermelha” tentou vincular a votação do PNP com a defesa da perspectiva de uma “ruptura” em anúncio recente, caindo em todo tipo de contradições.

A influência e o poder da Plataforma de Esquerda preocupam com razão à burguesia, que treme diante da ideia de que autoproclamados comunistas possam ganhar o controle de SYRIZA. Mas este fato inegável não absolve a liderança da Plataforma de Esquerda de seus sérios erros e contradições políticas. Agora que a confusão e a ansiedade sobre o “compromisso honroso” dominam a classe trabalhadora, a principal tarefa política é clarificar a turva postura política e oferecer uma alternativa política ampla para a juventude e os militantes de SYRIZA.

Qual é a proposta política central da Plataforma de Esquerda hoje? Para dar uma resposta, necessitamos começar a partir do principal líder da Corrente de Esquerda, Panagiotis Lafazanis. Em sua entrevista mais recente, ele sugere que “(…) neste momento, a Grécia não necessita somente de algumas ‘linhas vermelhas’, que preservem algumas conquistas importantes, na medida em que isto for necessário. Nosso país necessita urgentemente de um pacote-programa coerente e progressista, que dê prioridade à diminuição da dívida, proporcione forte liquidez à economia e aponte para o desenvolvimento com uma orientação produtiva. As desregulações neoliberais, a pressão feroz sobre as classes mais baixas e a privatização de empresas estatais estratégicas rentáveis deixam o enorme e interligado poder dos oligarcas intocado, e não produzem nova riqueza e sim lucros para poucos, declínio da renda, recessão, desemprego, pântano e frustração. Devemos superar este dogmatismo de baixa qualidade e assimétrico, que parece ser prioritário para as instituições…”.

Mas qual é este “plano coerente” e quando será apresentado ao povo? O camarada Panagiotis (Lafazanis) não nos informa sobre esta questão decisiva. Não nos esqueçamos de que estamos na etapa mais crítica do atual período. Estamos às vésperas de um default iminente, por “acidente” ou submissão do governo, com a assinatura de um novo Memorando. Os trabalhadores devem saber agora sobre este “plano coerente” de salvação e serem convencidos de sua imediata implementação – dentro de poucas semanas pode ser tarde demais.

Em nossa tentativa de aprendermos mais com o último artigo do sítio web Iskra (iskra.gr), escrito por um membro da liderança da Plataforma de Esquerda, o camarada Stathis Leoutsakos, intitulado “DIANTE DO GRANDE CONFLITO”, de 24 de abril, lemos: “… Quando confrontado com o dilema da chantagem dos credores; da subordinação ou do estrangulamento econômico, SYRIZA deve preparar os trabalhadores e o povo para o grande confronto de classes com as elites políticas e econômicas domésticas e do exterior. A direta tramitação e apresentação das alternativas de financiamento da UE-BCE-FMI podem romper o medo cultivado sistematicamente durante cinco anos, a partir do Establishment doméstico e europeu, e da propaganda, mediante a qual não há vida para o país depois de uma possível ruptura com os círculos dominantes da Zona do Euro, que poderia levar o país a sair dela. Contudo, tal cenário – que eles usam como ‘bicho papão’ para manter sua dominação – constitui uma ameaça para eles mesmos e seu edifício neoliberal extremamente frágil, e não para o povo grego. Por outro lado, se o programa de SYRIZA não pode ser implementado dentro do ambiente sufocante e hostil da Zona do Euro e, se mudanças imediatas e radicais no caráter da Zona do Euro não são implementadas – tal desenvolvimento não parece plausível – então, todas as opções estariam abertas para análise. A mudança monetária coordenada – integrada dentro de um programa abrangente e progressista de recuperação – compreende uma opção que não significa o fim do mundo como reclamam as classes dominantes. Esta mudança deve ser uma arma nas mãos de SYRIZA e pronta para ser implementada – se necessário – para responder a dilemas de chantagens ameaçadoras”.

Infelizmente, o camarada Leoutsakos não nos torna mais sábios. O artigo está escrito segundo o método típico da esquerda reformista: pistas e sugestões sem análise são abundantes, enquanto todo tipo de ambíguas declarações, “se” e “desde que”, também foram adicionadas na receita. Este estilo de escrever não ajuda a desenvolver uma posição política clara. Reflete ou confusão ou uma tentativa de camuflar uma posição política com o manto da “lealdade” à linha oficial do governo. Então, inevitavelmente, isto deixa uma série de questões críticas sem resposta. Quais são as “soluções alternativas” de financiamento? O que significa “mudança monetária coordenada”? De que se constitui o “programa progressista de recuperação, e qual é a sua diferença de um programa anticapitalista socialista?

Pensamos que outro artigo recente de um membro da Plataforma de Esquerda, o camarada Stathis Koulevakis, intitulado “Tempo para uma ruptura honrosa”, escrito em 25 de abril, seria mais útil para nós. Ele diz: “… O desafio para a Grécia é o de uma mudança radical de curso e a abertura de caminhos para a derrubada do sistema e para a emancipação de seu povo, das classes trabalhadoras, mas também para o futuro do povo e dos trabalhadores da Europa… E é, acima de tudo, tempo para finalmente prepararmo-nos, política, técnica e culturalmente, para a única saída “honrosa”, romper a corrente dos ferozes agiotas e jihadistas do neoliberalismo. É hora de focar o conteúdo e explicar a sustentabilidade de um caminho libertador – para a maioria da sociedade – que começa com o quadro “default-nacionalização dos bancos”. Este quadro, se for necessário, é extensivo à escolha de uma moeda nacional, com as necessárias medidas do veredicto popular”.

Além das conclusões vagas, o camarada Koulevakis não nos informa sobre qualquer coisa específica. O que significa “prepararmo-nos política, técnica e culturalmente”? Quando e por quem “o caminho libertador que começa do default e da nacionalização dos bancos” se tornará concreto? Que forma de veredicto popular está finalmente sendo proposta: eleições ou referendo, e por quê? Infelizmente, no “último minuto” deste grande teste para o governo e para os trabalhadores, encontramos os líderes da ala esquerda de SYRIZA falando e escrevendo com enigmas de esquerda…

Por último, as básicas e necessárias respostas políticas não nos são dadas pelas forças da “Rede Vermelha”. No principal artigo da última edição do jornal “Esquerda dos Trabalhadores”, lemos: “A forma de escapar desta armadilha é o default para os agiotas internacionais e locais. A concentração de todas as forças e recursos disponíveis devia ser usada para atender as necessidades sociais. Isto constituirá a principal ruptura seletiva; uma ruptura com as forças internacionais e ‘instituições’ como a União Europeia, o BCE, o FMI. Mas também uma ruptura com as forças internas: as forças que defendem o status quo aqui, que consentiram as políticas ditadas pelos Memorandos, que as aplicaram com zelo e se tornaram ricos através disto. Rupturas desta escala não podem ser decididas no último minuto. A preparação para elas é necessária. Preparação do governo, com o desenvolvimento de alternativas programáticas e de ferramentas que irão apoiá-las. Preparando o partido ao rejeitar a passividade, rejeitando o papel de um pós-fator de “legitimação”. Preparando alianças, abrindo o debate a toda a Esquerda, que também teria que se levantar para a ocasião. Preparação dentro da classe trabalhadora e do povo, o que, como condição necessária, inclui a demanda de toda transparência para se tornar conhecida. Tudo isto (deveria) convergir para o urgente estabelecimento de uma ampla força política que terá que enfrentar seus rivais e problemas graves. Sem estas opções e estas condições, independentemente das intenções dos quadros, que podem ser as mais puras, o perigo de apresentar a submissão como o único caminho se torna maior a cada dia…”.

Através dessa linha, a linguagem específica e inequívoca do Marxismo revolucionário está longe de ser expressa. Encontramos a mesma e vaga explicação política das questões com o que foi expresso pelos quadros da Corrente de Esquerda. Eles exigem “preparação” para algum tipo de solução programática alternativa e para a construção de um amplo poder social e político… Naturalmente, este não é um problema de estilo, mas um problema de conteúdo político. Nem a Corrente de Esquerda, nem a Rede Vermelha têm um programa político bem elaborado que possa se converter em guia de ação para a classe trabalhadora em sua luta contra os credores e a classe dominante grega. Os camaradas da liderança da Plataforma de Esquerda devem infelizmente incluir, em primeiro lugar a si mesmos, como não estando suficientemente preparados politicamente.

Esta decisiva fragilidade política desempenhará um papel-chave nos críticos eventos que estão por vir. Sua continuidade deve estigmatizar a Plataforma de Esquerda como sendo parcialmente responsável por eventuais novas e maiores retiradas do governo. Isto criará um problema de consistência dentro das próprias forças e componentes que a constituem.

A Plataforma de Esquerda tem atualmente a força organizativa e os meios materiais necessários para mudar o equilíbrio de forças dentro do partido e ganhar as massas da classe trabalhadora – a partir da vanguarda – para a luta pelo necessário programa de derrubada do Memorando e do próprio capitalismo. A Plataforma de Esquerda é composta por ministros, parlamentares, jornais, sítios web e “um exército” de liberados full-time. Só está faltando o elemento mais importante: o próprio programa e a força da vontade para aplicá-lo.

A Tendência Comunista tem ambos! Mas, sendo a tendência mais jovem da ala esquerda do partido – em termos de anos de existência e pela idade de seus membros – não tem a necessária força material e organizativa. Os melhores lutadores de SYRIZA, o movimento dos trabalhadores e da juventude, são os únicos que podem e devem lhe dar urgentemente esta força!

 


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