Estudantes presos: Pedido urgente de solidariedade!

In Defence of Marxism

Em 6 de agosto, segunda-feira, um destacamento de aproximadamente 1000 policiais atacou uma manifestação pacífica de estudantes que reivindicavam acesso à universidade. O protesto havia sido organizado pelo “Movimento dos Estudantes Não Admitidos”, uma campanha lançada pelo Comitê em Defesa da Educação Pública – Comitê de Luta Estudantil (Committee in Defence of State Education – Committee of Student Struggle, CEDEP-CLEP http://cedep.militante.org ).

Como resultado desta ação brutal das autoridades do Distrito Federal, 8 estudantes foram presos, 4 deles membros da Tendência Marxista Militante. Entre eles está Nahum Pérez Monroy, um dos principais líderes do CEDEP-CLEP e que já foi alvo da repressão das autoridades acadêmicas no passado.

Numa resposta imediata, mais de 700 pessoas participaram de uma manifestação no Palácio Presidencial de los Pinos em 8 de agosto. Em meio aos presentes, em sua maioria estudantes, estavam delegados da luta de Atenco, da Assembléia Popular de Oaxaca (APPO), além de políticos de esquerda e organizações sindicais.

Uma comissão de parentes dos estudantes presos foi recebida. Os pais dos presos foram particularmente apoiadores. Um deles declarou: “Primeiro eles roubaram as eleições, agora querem levar nossos filhos, nós já tivemos o bastante!”

O resultado desta pressão foi o agendamento de uma reunião no dia seguinte entre representantes dos estudantes e representantes da Secretaria de Educação e das autoridades da Universidade Nacional Autônoma e do Instituto Politécnico. Nesta reunião o CEDEP-CLEP e outras duas outras organizações estudantis presentes fizeram uma frente única e declararam que nenhum acordo seria feito com o Movimento dos Estudantes Não Admitidos a menos que todos os presos fossem liberados.

Quatro dias após serem presos, a maior parte das acusações fabricadas havia caído: seqüestro, motim, porte ilegal de armas de fogo, assalto e danos à propriedade. As autoridades da Universidade Politécnica sabem que essas acusações são completamente infundadas e não poderiam provar nada na corte. Seu último golpe para poder acusá-los é…dizer que os camaradas estão ligados à APPO! Não existe no México nenhuma lei (embora o presidente ilegítimo Felipe Calderón gostaria que houvesse) dizendo que é ilegal ser membro ou ser associado a APPO.

A campanha pela libertação dos estudantes presos ganhou amplitude e hoje uma reportagem de página inteira foi publicada no diário “La Jornada” assinada por parlamentares membros do PRD, líderes sindicais e outros exigindo sua libertação. Isso é particularmente importante desde que o governo da cidade do México, que lançou o ataque contra os estudantes, é controlado pelo PRD.

No entanto, neste período os estudantes foram mandados para o Reclusório Preventivo Varonil Norte (uma instituição penal preventiva na capital), onde sofreram violência física e psicológica.

Os nomes dos camaradas presos são:

Nahum Pérez Monroy
Héctor Alberto Aguilar Campos
Cesar Francisco Jay Aguilar
Isaac Castro Sánchez
Miguel Ángel Ocotitla
Emanuel Saucedo Pérez
Raúl González Lucio
Pablo Martínez Montes de Oca

Nós fazemos um apelo a todos os ativistas do movimento operário para enviarem seus protestos às autoridades mexicanas, contatarem as embaixadas e consulados em seus países (http://www.sre.gob.mx/acerca/directorio/embajadas/dirembajadas.htm ), e colaborarem assinando a resolução a seguir reivindicando a libertação dos presos políticos. http://www.militante.org/index.php?option=com_facileforms&Itemid=108

Em 14 de agosto, terça-feira, o juiz determinará se os camaradas ficarão na prisão aguardando julgamento ou se serão liberados por falta de evidências. Este é claramente um caso com motivação política e por essa razão é importante fazer o máximo de pressão nos próximos dias pra exigir sua libertação imediata.

Esta campanha deve ser vista como parte de uma campanha maior pela libertação de todos os presos políticos no México, incluindo Adán Mejía, o camarada da Tendência Marxista Militante preso em Oaxaca em 17 de julho, e pela queda dos governantes ilegítimos, presidente Felipe Calderón e do governador de Oaxaca Ulisses Ruiz.

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