A Greve dos professores tem que ser organizada desde a base!

 

Na última assembleia dos professores da rede estadual de ensino organizada pela APEOESP, ficou decidida a continuidade de GREVE. Cerca de 20 mil professores conduzidos pela direção do sindicato ocuparam as ruas da principal cidade brasileira. Uma demonstração viva do descontentamento em relação ao descaso do GOVERNO TUCANO com a escola pública.

Na última assembleia dos professores da rede estadual de ensino organizada pela APEOESP, ficou decidida a continuidade de GREVE. Cerca de 20 mil professores conduzidos pela direção do sindicato ocuparam as ruas da principal cidade brasileira. Uma demonstração viva do descontentamento em relação ao descaso do GOVERNO TUCANO com a escola pública.

Esse descaso está escancarado na proposta de aumento de 8%, uma humilhação à categoria, que só de perda acumulada chega a 6%, portanto o aumento real é de apenas 2%, isso representa cerca de 0,18 centavos de aumento para o professor PEB I e 0,20 centavos de aumento para o professor PEB II. A GREVE CONTINUA POR TEMPO INDETERMINADO. Por unanimidade a categoria marcou para a próxima sexta-feira (26/04/2013) às 14h00, assembleia geral no vão de entrada do MASP na Avenida Paulista.

Nossa sorte está lançada mais uma vez, a direção da APEOESP aprofunda o discurso contra o Governo Alckmin, mas, quando não organiza a base, empurra o movimento grevista para o enfraquecimento. A greve deveria ser organizada antes para de fato fortalecer a participação da categoria. Como nada disso foi feito o professor se encontra em um dilema: de um lado a necessidade objetiva da GREVE, a maioria concorda, de outro, a ineficiência da direção do sindicato realmente de comandar a greve, pois sabemos que na maioria das subsedes comandadas pela Articulação, a mobilização é nula. Esse quadro se repete mais uma vez. Nós, professores da Corrente Sindical da Esquerda Marxista da CUT, sabemos que uma greve mal organizada e mal preparada, embora justa, desencadeará a deserção do movimento.

A semana começou como de costume: a imprensa burguesa ignorando o movimento, ou quando pode, de forma manipuladora, como aconteceu no início da tarde de terça-feira (23/4), a primeira edição do SPTV apresentou um projeto privado em uma escola pública como sendo a solução do problema para a educação.

A reação burguesa não tardou, e acompanhada com a inércia da direção do sindicato, estão, se perdurar a atual situação, a nos empurrar para mais uma derrota. Mas contamos com uma arma que está fazendo por enquanto diferença a nosso favor: na segunda-feira, mesmo nas escolas em que não houve paralisação da categoria, houve a paralisação dos alunos, em diversas escolas os alunos não foram às escolas, pois boa parte deles tem como fonte de informação as redes sociais e não a televisão e muito menos jornais.

Só a combatividade e mobilização da categoria é que pode salvar a greve. O momento é de intensificarmos a comunicação com os trabalhadores através de nossos alunos e até a próxima assembleia conseguir o máximo de adesão ao movimento. Estamos em GREVE POR TEMPO INDETERMINADO.

Pela Unidade dos Profissionais da Educação em Defesa da Educação Pública e Gratuita e de Qualidade para Todos! Juntos, Professores, Pais e Alunos, somos fortes! Podemos abrir uma brecha e ir além da inércia da direção da Apeoesp e arrancar as nossas reivindicações do governo.

A direção da APEOESP deve mobilizar nas escolas e organizar a greve pela base: só assim teremos sucesso e poderemos arrancar nossas reivindicações!